Bugre comemora evolução defensiva

“A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante”. A célebre frase do General chinês Sun Tzux já foi utilizada por grandes treinadores brasileiros como Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho e Abel Braga para defender as mais diversas estratégias em suas equipes.

Mas isso também pode ser aplicado ao Guarani de Mozart Santos. Desde o início do segundo turno – período de maior arrancada da equipe na Série B -, os números ofensivos foram alavancados: antes pior ataque, agora 14º mais efetiva produção de gols. Porém, a defesa também é uma prioridade da comissão técnica do Alviverde.

Mozart assumiu o Bugre com 18 gols sofridos e apenas 9 marcados em 15 jogos. Saldo negativo de nove gols. Atualmente, a equipe tem 31 jogos com 25 marcados e 32 sofridos - uma razoável melhora de dois gols no saldo (segundo critério mais importante para um possível desempate na competição). A média, entretanto, é de um gol sofrido por partida.

Antes do atual treinador, o Guarani não tinha sido vazado em cinco dos 15 jogos disputados. Nos 16 jogos desde então foram sete que a equipe passou ilesa no setor de defesa. Mas os ajustes recentes também surtiram efeito: nos últimos quatro jogos, o time campineiro venceu três (em nenhum sofreu gols) e perdeu apenas contra o Vila Nova (2 a 1).

“A gente sempre fala que o princípio para sair vitorioso é não sofrer gols. Estamos alcançando isso nos últimos jogos. Esse processo ajuda a dar mais confiança para os companheiros do ataque. Estamos em evolução defensiva, mas esse trabalho é de todo o grupo. Desde os atacantes que começam a pressão até chegar na última linha. Quando todos compram essa ideia, a nossa equipe evolui”, explica o goleiro Kozlinski.

A melhora da defesa, aliada a produção ofensiva mais efetiva, permitiu que o Guarani emplacasse uma sequência de vitórias pela primeira vez na temporada: são quatro vitórias consecutivas como mandante e duas contando as partidas como visitante. Resultados que tiraram a equipe da zona de rebaixamento depois de 23 rodadas na Série B.

“Trabalhamos muito por isso e, claro, lutamos para vencer o máximo de jogos possíveis, mas as coisas não estavam acontecendo como esperávamos e passamos por mudanças. Um time da grandeza do Guarani não poderia ficar tanto tempo sem vencer dois jogos consecutivos. Mas agora precisamos trabalhar para aumentar ainda mais esses números e o primeiro desafio é na sexta-feira”, completa.

Equilíbrio

Guarani e CSA, adversários da próxima sexta-feira no Rei Pelé, em Maceió, estão aparelhados na tabela da Série B. Ambos somam 35 pontos e a vantagem do Bugre está no número de vitórias (8 a 7). A projeção para o confronto da 32ª rodada é de muito equilíbrio.

O CSA tem uma defesa relativamente melhor comparada a do Guarani (29 gols sofridos contra 32), mas o time campineiro apresenta um ataque melhor (25 a 23 nos gols marcados).

“Temos consciência da dificuldade que vamos enfrentar, mas sabemos da qualidade do nosso grupo e buscaremos o resultado positivo. Felizmente alcançamos uma sequência positiva contra adversários diretos. O nosso comportamento tem sido bom e precisamos repetir isso mais vezes.” comentou Kozlinski.

Recuperação

A principal novidade nos treinamentos da semana foi o retorno do zagueiro Derlan, vetado da última partida por conta de uma lesão no músculo posterior da coxa. Com Ronaldo Alves suspenso pelo terceiro amarelo, a defesa deve ser formada por João Victor e Derlan.

Desfalque na vitória contra o Novorizontino, Giovanni Augusto também volta de suspensão e deve formar o quarteto ofensivo ao lado de Isaque, Bruno José e Yuri Tanque na sexta-feira.