João Brigatti permanece para o Campeonato Paulista de 2024 (Marcos Ribolli-Pontepress)
Considerado o protagonista do processo de salvação da Ponte Preta na Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico João Brigatti tem contrato assegurado até o final da próxima edição do Paulistão, o que lhe garante a possibilidade de melhorar os seus números nesta passagem pelo Estádio Moisés Lucarelli. Nos oito jogos decisivos da segundona nacional sob o seu comando, a Macaca teve um saldo de duas vitórias, três empates e três derrotas, um aproveitamento de 37,5%, o que coloca a campanha em um patamar inferior às suas outras gestões no banco de reservas pontepretano.
Sua primeira experiência como técnico da Macaca foi durante a Série A1 do Campeonato Paulista de 2017, quando dirigiu a equipe por quatro confrontos e obteve um aproveitamento de 41%. Na sequência, o time foi dirigido por Gilson Kleina, que levou o time à decisão do Paulistão contra o Corinthians, mas ficou com o vice-campeonato após perder o jogo no Majestoso por 3 a 0. No jogo final, na Arena Itaquera, empate em 1 a 1.
Kleina caiu durante a Série A daquele ano e João Brigatti foi chamado para dirigir a equipe no jogo contra o Sport, válido pela Copa Sul-Americana, e a equipe venceu por 1 a 0. Brigatti abriu espaço na ocasião para a chegada de Eduardo Baptista, que não foi feliz durante os jogos restantes da divisão de elite. O aproveitamento em 28 partidas foi de 32%, o que abriu espaço para o rebaixamento da Macaca com 39 pontos e na penúltima posição.
Durante as dificuldades para encontrar o melhor planejamento para a temporada de 2018, Brigatti foi chamado para substituir Eduardo Baptista e obteve um aproveitamento de 57% em sete jogos, além de ter como saldo positivo a conquista do Troféu do Interior diante do Mirassol, quando a Macaca venceu por 1 a 0, gol do lateraldireito Emerson Royal, atualmente no Tottenham, clube da Inglaterra. Na oportunidade, a vitória assegurou a presença da Alvinegra na Copa do Brasil do ano seguinte. Após uma breve passagem de Doriva, Brigatti dirigiu a Macaca por mais 17 jogos, com 53% de aproveitamento.
Após uma breve saída, o técnico retornou ao clube para o Campeonato Paulista de 2020, quando tirou a equipe do risco de rebaixamento e levou o time até as semifinais contra o Palmeiras. Na Série B daquele ano, disputada sob a ameaça da pandemia, mesmo deixando a equipe lutando entre os primeiros da tabela, um processo de desgaste interno fez com que o treinador fosse demitido no dia 2 de outubro, com o saldo de 11 vitórias, cinco empates e oito derrotas em 24 partidas (aproveitamento de 54,16%). Como técnico, Brigatti foi comandado pelos presidentes Wanderley Pereira e José Armando Abdalla Junior.
O seu resgate para o cotidiano pontepretano ocorreu em julho deste ano, quando foi anunciado para a função de coordenador de futebol juntamente com o técnico Pintado. Após a derrota para o ABC, em Natal, no dia 30 de setembro, Pintado foi demitido e João Brigatti foi fixado como novo titular do banco de reservas. Agora, ele assegura que, mesmo com reformulação, a equipe terá a sua cara na próxima temporada. “Dentro de uma construção de equipe, você tem que buscar o lado positivo. Eu não entro pra perder, não gosto de perder. Eu não durmo, não consigo conviver com derrota”, disse o treinador após assegurar a permanência na Série B, com a vitória sobre o CRB, no dia 25 de novembro.
FIM DE CONTRATO
A Ponte Preta deixou de contar com 13 jogadores cujos contratos venceram nesta quinta-feira, dia 30 de novembro. São eles os laterais Artur, Weverton e Junior Tavares, os zagueiros Fábio Sanches e Thomaz Kayk, os armadores Paulo Baya, Everton, Elvis e Lucas Nathan, o goleiro Luan, o volante Samuel Andrade e os atacantes Tales e Pablo Dyego. No dia 2 de dezembro, termina o contrato do lateral-direito Maílton. No dia seguinte, será a vez do meia Gabriel Santiago. O atacante Igor Torres e o volante Ramon Carvalho vão encerrar seus compromissos no dia 31 de dezembro deste ano.