Atletas voltam a treinar após acordo com a diretoria

Um dia após a paralisação em protesto pelo atraso no pagamento de salários, os jogadores da Ponte Preta chegaram a um acordo com a diretoria e retomaram às atividades na manhã de ontem, no CT do Jardim Eulina.

Antes de vestir o uniforme de treinamento e subir a campo, os atletas foram submetidos aos exames PCR-RT de detecção de coronavírus e depois se reuniram com o presidente do clube, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, para tratar sobre as pendências financeiras. Em uma longa reunião que durou cerca de duas horas e que também contou com a presença de outros funcionários do clube, o mandatário garantiu ao elenco o pagamento do salário CLT do mês de dezembro, do 13º e de um mês de direito de imagem.

Com a proposta aceita, os jogadores enfim iniciaram a preparação para o confronto contra o Náutico, que acontece domingo, às 16h, no Moisés Lucarelli. Com 48 pontos, a Macaca está a quatro do G4 e precisa de quatro vitórias para tentar conquistar o sonhado acesso.

“A despeito da crise, estamos trabalhando intensamente para manter as contas em dia. Os meses de dezembro e janeiro historicamente são os mais críticos, mas o importante é que chegamos a um entendimento, então agora é treinar e focar no Náutico. Agradecemos imensamente ao empenho do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Bastos, que vem nos apoiando de maneira constante neste período mais crítico da pandemia”, declarou Tiãozinho, indicando que angariou os recursos necessários para cumprir o acordo feito com os jogadores por meio de cotas antecipadas junto à FPF.

Mesmo assim, a Ponte Preta segue devendo mais dois meses de direito de imagem, férias, premiações por vitórias e nove de dez parcelas de um acordo de redução de rendimentos durante a paralisação do futebol.

A necessidade de pagar uma dívida antiga de mais de R$ 1 milhão envolvendo o atacante boliviano Luis Ali é uma das razões da crise financeira da Ponte.