Com 1,83 metro, o centroavante Gabriel Novaes é trunfo ofensivo (Gustavo Tilio/PontePress)
Em ritmo de expectativa para a largada na Série B do Campeonato Brasileiro, entre os dias 19 e 21 de abril, contra o Coritiba, no estádio Moisés Lucarelli, o torcedor da Ponte Preta já pode ter uma segurança, a de que a equipe treinada por João Brigatti deverá viver nas “alturas”. Entre contratações já anunciadas e negociadas e incluindo os jogadores que estão no elenco, a Macaca terá 32 atletas à disposição. Desse total, 18 jogadores têm acima de 1,80 metros, o que dá 56,26% do total.
O jogador mais alto é o goleiro Pedro Rocha, que com 1,96 metros já se firmou como titular na posição e conta com concorrentes que não deixam a desejar neste requisito como Luan Ribeiro (1,90 metros), Vinicius Ferrari (1,95 metros) e o recém-chegado William Artur, que tem 1,93 metros. A zaga está abastecida neste setor. Castro confirmou sua presença eventual entre os titulares com bom aproveitamento nas bolas áreas, fruto da sua estatura de 1,91 metros. Matheus Silva (1,92 metros), Joilson (1,90 metros), Luis Haquin (1,90 metros) completam as opções de boa estatura na defesa. Destaque do Nova Iguaçu no Campeonato Carioca, Sérgio Raphael desembarca em desvantagem pois tem 1,88 metros.
Quando verifica-se o perfil do elenco, percebe-se que a comissão técnica não pode reclamar. O plantel conta com 10 jogadores na faixa entre 1,80 metros e 1,89 metros, sendo que além de Sérgio Raphael, o lateral esquerdo Nicolodi e o centroavante Venicius também medem 1,88 metros. Outra opção ofensiva na bola aérea é Gabriel Novaes, de 1,83 metros.
De acordo com dados do IBGE, a altura média do homem brasileiro encontra-se em 1,74 metros, medida do armador Dudu Scheit, enquanto que o armador Elvis fica um centímetro acima da média. Outros 11 jogadores da Macaca encontram-se no intervalo entre 1,70 metros e 1,79 metros, sendo que os mais altos do grupo são o lateral e volante Luiz Felipe e o volante Fraga, ambos com 1,78 metros. Em contrapartida, o atacante Paull Villero tem 1,69 metros e é o jogador de estatura mais baixa do elenco pontepretano.
Ex-técnico das categorias de base da Ponte Preta e com passagem em clubes como Portuguesa, Botafogo-SP e no Sub-23 do Atlético Mineiro, Leandro Zago pondera de que a montagem do elenco pontepretano e de todos os times da Série B, com base em jogadores de boa estatura, é um reflexo daquilo que ocorre na própria sociedade brasileira nos últimos anos, em que ocorreu um aumento da altura média da população. “Como são atletas de alto rendimento e essa sendo uma valência que faz diferença (nos jogos) os clubes têm mais atletas acima da estatura média da população”, disse o treinador, que ainda pondera outros argumentos. “A tendência é que as equipes já sejam mais altas, por natureza. Você terá jogadores baixos e altos em todas as posições, mas a média geralmente será para cima”, completou.
Segundo ele, quem quiser competir em campeonatos de alto nível terá que trilhar esse caminho. “As equipes investem nisso para serem competitivas. A gente percebe que as equipes investem nisso para serem competitivas e a (falta de) dinheiro faz muita diferença. É difícil você conseguir os melhores tecnicamente do mercado. Então você tenta compensar com outras valências para que você possa equilibrar o jogo e uma delas é a valência física”, explicou o treinador, que está sem clube. “Então você vai apostar em jogadores que sejam potentes, rápidos, resistentes e também altos”, arrematou.
Na visão de Leandro Zago, quando uma equipe monta um time mais alto do que os seus rivais a meta é construir vantagem nas bolas paradas, além de ter uma estrutura defensiva mais apurada para se defender do jogo aéreo. “As equipes investem nisso para produzir mais gols a partir das bolas paradas em faltas, laterais ou escanteios”, completou o treinador. (AE)
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