Árbitro relata vandalismo na súmula

A Ponte Preta corre o risco de perder mando de jogo devido ao tumulto gerado por um grupo de torcedores revoltados com a derrota por 2 a 1 para o Vitória no domingo, no Moisés Lucarelli. O episódio foi relatado na súmula pelo árbitro Adriano Barros Carneiro. “Fui informado pelo delegado da partida, sr. Agnaldo Vieira, que após o término da partida, torcedores da equipe A.A Ponte Preta invadiram a sala de musculação do estádio e quebraram a porta de vidro com o uso de um extintor de incêndio, sendo necessário a intervenção do policiamento com bombas de efeito moral para o controle da situação”, relatou o árbitro cearense na súmula da partida, já disponível no site oficial da CBF. O grupo de torcedores arrombou a porta que dá acesso à sala de musculação, saiu de lá com barras de ferro e começou a danificar as dependências do Moisés Lucarelli. A Polícia Militar agiu para conter os atos, mas ninguém foi detido. A diretoria do clube condenou os atos de violência em nota oficial: "A Ponte Preta lamenta e refuta veementemente os atos de violência e depredação praticados por algumas pessoas após a partida”. O comunicado segue: "Não há nenhum tipo de justificativa para as cenas de brutalidade e destruição praticadas por um grupo, sem qualquer respeito pelos torcedores presentes, incluindo famílias e crianças. Cabe destacar, em particular, a ação de um indivíduo que pulou da arquibancada para marquise do Salão Nobre e destruiu vidros aos socos; e de um conjunto de pessoas que arrombou a porta e invadiu o corredor de acesso à academia, onde destruiu equipamentos com cilindros de extintores de incêndio e, na sequência, usou pedaços e destroços das máquinas para vandalizar ainda mais”. Nesse clima tenso, logo após a derrota, o executivo de futebol da Ponte Preta, Gustavo Bueno, fez duras críticas ao time. “Não conversei com a diretoria de futebol, com o meu presidente, mas quero deixar claro que o que aconteceu não vamos deixar passar. Um atleta a mais em campo, a maneira como perdeu. Não estou falando que tem jogador de sacanagem, mas medidas serão tomadas. É inadmissível, foi uma vergonha para a torcida da Ponte. Vou chegar na minha casa e vou ter vergonha de olhar para a minha família, para os meus filhos”, disparou o dirigente, antes da entrevista do técnico Gilson Kleina. Conselho questiona diretoria sobre denúncias do Bar 1900 A crise política da Ponte Preta teve novos desdobramentos ontem, quando a mesa diretora do Conselho Deliberativo protocolou um requerimento que intima o presidente José Armando Abdalla e o diretor financeiro Gustavo Vallio a prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades contra o ex-diretor de marketing Eric Silveira. Abdalla e Vallio têm um prazo de dois dias para dar uma resposta aos questionamentos do Conselho. “Considerando a gravidade dos fatos, e diante do dever estatutário deste Conselho Deliberativo, solicitamos que sejam apresentadas as cópias do contrato e do distrato formalizados com a senhora Rosemeire Aparecida Serogueti, bem como os comprovantes de recebimento das transferências eletrônicas realizadas pela mesma”, diz a nota enviada à imprensa. O requerimento é composto ainda por cinco perguntas referentes à acusação de desvios de recursos do Bar 1900: 1) Após o término do contrato, quem foi a pessoa jurídica e/ou física que prestou serviços desde então? 2) A senhora Rosemeire realizou todos os pagamentos mensais oriundos do contrato da prestação de serviços? Em caso de inadimplemento, quais foram as medidas tomadas? 3) Quem é o diretor responsável pela formalização, verificação e cumprimento dos contratos em sua gestão? 4) No momento da realização do distrato com a senhora Rosemeire, Vossa Senhoria verificou se todos os pagamentos haviam sido realizados? 5) Qual foi o resultado do procedimento da concorrência pública realizada para ocupação do Bar 1900? Quais propostas foram apresentadas?