'A Alma Imoral', dirigido e interpretado por Clarice Niskier, estreia no Teatro Iguatemi Campinas
Um estudo sobre a alma humana, que desconstrói e recompõe conceitos milenares da história da civilização sob a ótica da transgressão. Assim é a peça 'A Alma Imoral', monólogo adaptado, dirigido e interpretado por Clarice Niskier. Com supervisão de Amir Haddad, o texto é baseado no livro homônimo do rabino Nilton Bonder. “O texto parte do conceito da desobediência como mola propulsora. Fala da importância da desobediência, um ato tão sagrado quanto a obediência”, diz Clarice. “Mostra a desobediência como forma de transformar a história do homem, como ação transformadora, ligada a evolução, um ato sagrado de liberdade e de preservação da espécie”, afirma a atriz.
'A Alma Imoral' está em seu sétimo ano de apresentação (estreou em 2006), foi vista por cerca de 260 mil espectadores e rendeu a Clarice o prêmio Shell de Melhor Atriz em 2007, além de acumular prêmios e indicações.
Sozinha no palco, a atriz entra em contato direto com a plateia, sem fazer uso da chamada “quarta parede”. Para contar histórias e parábolas da tradição judaica, vale-se de uma cadeira panton preta e um grande pano preto que, concebido pela figurinista Kika Lopes, transforma-se em oito diferentes vestimentas.
Clarice diz que conheceu Bonder num programa de TV em que ambos participavam de uma mesa-redonda. “Quando me perguntaram minha religião, disse que era judia budista. Uma espectadora mandou um e-mail indignado, dizendo que tinha que ser uma coisa ou outra. O Bonder me defendeu, teve uma atitude tolerante, receptiva. Ele estava lançando o livro e, chegando em casa, li, adorei, achei corajoso, audacioso e pedi pra transformar em teatro”, conta a atriz.
Serviço
Peça 'A Alma Imoral'
Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h. Até 16/6
No Teatro Iguatemi Campinas (Av. Iguatemi, 777 - Vila Brandina). Telefone: (19) 3294-3166
Ingressos: sextas e domingos - R$ 50,00 e R$ 25,00 (meia); sábados - R$ 60,00 e R$ 30,00 (meia)