'Camille e Rodin' tem apresentação única nesta sexta-feira no Theatro Municipal de Paulínia
Um encontro que mudou a história da arte dos séculos 19 e 20. A história de paixão e loucura de dois gênios artísticos. Isso é o que o público pode conferir no espetáculo 'Camille e Rodin', que tem apresentação única em Paulínia nesta sexta-feira (5). Idealizado pela atriz Melissa Vettore, que divide o palco com o ator Leopoldo Pacheco, com texto de Franz Keppler e direção de Elias Andreato, o espetáculo reconta a vida amorosa e criativa desses dois personagens. “Este é um projeto incrível, que deu supercerto, uma junção artística muito feliz de texto, direção e elenco”, avalia Leopoldo Pacheco.
“A Melissa me contou de seu projeto de dar vida a Camille e na hora eu disse que faria o Rodin. Trabalhamos na pesquisa e montagem por cerca de nove meses e estreamos, ficando um ano em cartaz em São Paulo”, conta o ator. “A peça fala desses dois artistas, de seus processos de criação e loucura. É interessante porque joga luz sobre a história de Camille, que é pouco conhecida. Ela foi uma mulher à frente de seu tempo, que enfrentou a sociedade rigorosa da época e lutou por seu amor e sua arte”, afirma Pacheco. “Também mostra que esse encontro potencializou ainda mais o talento latente de ambos.”
De um lado, Camille Claudel, uma jovem intuitiva, dona de uma imaginação excepcional, uma mulher determinada que quebrou laços com sua classe social e a moral vigente, entrando em conflito com sua família e com as normas de conduta bem aceitas em sua época para se tornar uma grande artista. De outro, Auguste Rodin, um gênio já maduro, que com seu trabalho e talento se transformou no maior escultor de todos os tempos, representando as paixões humanas através de sua arte.
“O encontro deles se transforma numa paixão arrebatadora e em um impulso artístico para ambos, dois gênios criativos, que passaram suas vidas em busca de amor, compreensão e liberdade”, diz Pacheco. Para ele, sem Camille, Rodin possivelmente não teria feito suas obras mais apaixonadas e, sem Rodin, Camille não seria a artista fantástica e nem o mito em que se tornou.
Para a montagem, Franz Keppler criou um texto inédito, resultado de extensa pesquisa desenvolvida em conjunto com Melissa Vettore, com base nos principais biógrafos dos escultores, com destaque para Reine Marie Paris (sobrinha-neta de Camille), a autora Liliana Wahba e a partir da análise crítica e poética de Paul Claudel (irmão de Camille).
Segundo Pacheco, a direção do ator e diretor Elias Andreato foge de uma forma teatral tradicional de apresentar biografias. “O que interessa aqui é o sentimento essencial que esses artistas trazem e que renova o olhar atual.”
Serviço
Peça 'Camille e Rodin'
Nesta sexta-feira (5), às 21h
No Theatro Municipal de Paulínia (Av. Prefeito José Lozano Araújo, 1.551 - Parque Brasil 500). Telefone: (19) 3874-5704
Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia)