CAMPINAS

Escorpiões invadem bairro Swift em Campinas

Ao menos cinco imóveis da Rua Abolição sofrem com os aracnídeos; alguns moradores ainda relatam caramujos, aranhas e até mesmo uma cobra

Jaqueline Harumi
20/03/2015 às 10:37.
Atualizado em 24/04/2022 às 03:07
Márcia Roberta de Oliveira, 38 anos, que afirmou ter sido picada há um mês e tem uma coleção do aracnídeo armazenada em potes ( Dominique Torquato/ AAN)

Márcia Roberta de Oliveira, 38 anos, que afirmou ter sido picada há um mês e tem uma coleção do aracnídeo armazenada em potes ( Dominique Torquato/ AAN)

Os escorpiões se tornaram visitantes assíduos de casas vizinhas ao Cemitério da Saudade, no bairro Swift, em Campinas. Ao menos cinco imóveis da Rua Abolição sofrem com a presença constante dos aracnídeos e alguns moradores ainda relatam aparição de caramujos, aranhas e até mesmo uma cobra. De acordo com a vizinhança, o problema é pior quando os funcionários mexem nos túmulos. "Em casa todo dia aparece um escorpião" , afirmou a cozinheira Márcia Roberta de Oliveira, 38 anos, que afirmou ter sido picada há um mês e tem uma coleção do aracnídeo armazenada em potes.   "Um vizinho achou até uma cobrinha há uma semana", completou. O motorista Ronaldo Araújo, 43 anos, também sofre com escorpiões, inclusive na casa vizinha, que é sua.   "Ela ficou fechada por um tempo e mesmo a gente limpando todo dia sempre aparecia escorpião", relatou. O mecânico Kauã Rafael Francisco Paulino, 18 anos, sofre com a mesma situação.   "Em casa achamos uns quatro em 15 dias e na casa do meu pai aqui do lado ele acha escorpião a cada três a quatro dias, além de aranha e caramujo", contou. A reportagem procurou a autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec), responsável pelo cemitério, mas apenas o presidente Sebastião Sérgio Buani dos Santos poderia falar sobre a situação e ele não foi localizado nem retornou contato.   Em janeiro, o Correio já havia denunciado o descaso com a manutenção e limpeza do cemitério, mesmo após dez meses do início de um plano emergencial de recuperação a pedido do prefeito Jonas Donizette (PSB) depois que sepulturas foram encontradas abertas.   Dentro do plano, a Secretaria de Serviços Públicos assumiu a limpeza do local com mutirão mensal, mas em resposta à matéria do início do ano, o presidente afirmou que uma ação foi feita em novembro e que a próxima aconteceria em fevereiro, alegando que o ritmo dos mutirões diminuíram por causa do aumento da demanda em outros bairros. Já a Secretaria de Saúde afirmou que a Vigilância em Saúde Sul esteve na região na segunda quinzena de fevereiro e orientou os moradores, mas que uma nova visita será colocada no cronograma. A pasta afirmou ainda que o cemitério também passou pelo trabalho, cujos detalhes apenas poderiam ser fornecidos pela Setec. Independente do problema, a vigilância ressaltou a importância de medidas preventivas, como evitar manter locais escuros e úmidos, acúmulo de madeira, tronco de árvores e entulhos, que atraem insetos como a barata e, consequentemente, aracnídeos, e acúmulo de plantas como trepadeira ou manutenção de jardim que não é tratado com frequência.   Outras recomendações são colocar telas em janelas e barreira na soleira da porta e chacoalhar cortinas, roupas e calçados antes de serem usados.

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