PIRACICABA

Esalq registra o 1º caso de febre maculosa no ano

Aluna do curso de doutorado em zootecnia da Esalq, de 31 anos, levou uma picada de um carrapato e ficou doente; no ano passado, quatro pessoas morreram no município em decorrência da febre maculosa

Agência Estado
06/03/2015 às 11:50.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:17
Placa em área de risco para febre maculosa, transmitida pelo carrapato estrela, no campus da Esalq ( Antonio Trivelin/ Gazeta de Piracicaba )

Placa em área de risco para febre maculosa, transmitida pelo carrapato estrela, no campus da Esalq ( Antonio Trivelin/ Gazeta de Piracicaba )

O prefeito do campus da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Fernando Seixas, tomou a decisão de alertar a comunidade acadêmica e toda a sociedade piracicabana sobre a confirmação do primeiro caso de febre maculosa registrado neste ano, na universidade de Piracicaba.   Uma aluna do curso de doutorado em zootecnia, de 31 anos, levou uma picada de um único carrapato e ficou doente. No ano passado, quatro pessoas morreram no município em decorrência dessa doença, que é transmitida pelo carrapato-estrela.   De acordo com ele, a aluna já foi tratada e retomou as atividades normais na universidade. Seu nome não foi informado, o cadastro da doença foi realizado no dia 10 de fevereiro e a confirmação do exame de febre maculosa chegou ao prefeito na última quarta-feira (4). “Tomei a decisão de informar a todos porque ela foi picada em uma área que muitas pessoas costumam usar, que é próximo ao Serviço de Graduação, onde ficava o antigo banco Banespa. A melhor maneira de combater a febre maculosa é a informação. Quanto mais conhecimento a pessoa tiver, mais precocemente começa o tratamento para evitar complicações e o óbito”, disse.A aluna viu o carrapato e quando começou a sentir os primeiros sintomas, na cidade onde reside, desconfiou da doença e procurou atendimento médico. “Essa atitude foi fundamental para sua recuperação”, comentou.O prefeito quer despertar a atenção das pessoas de que o problema existe e a única forma de prevenir é evitar frequentar as áreas infestadas por carrapatos e o contato com esses setores, fazer o auto-exame após sair dessas regiões e procurar assistência médica em caso de suspeita da doença, no surgimento dos primeiros sintomas. “Tomamos diversas medidas preventivas para controlar a população de carrapatos no campus, mas ele não é hospedeiro somente das capivaras, há outros animais, como saguis, gambás (as raposinhas) e aves, entre outros, que espalham o carrapato ou o micuim em diferentes locais, por isso é fundamental a informação”. Ações   Pulverizações para controlar a população de carrapatos são feitas constantemente no campus e Seixas afirmou que a Esalq conta com autorização para realizar a aplicação do produto que procura eliminar o carrapato. Alambrados e cercas já foram instalados ao redor do campus para evitar a circulação de capivaras, principal hospedeiro do carrapato-estrela pelo campus. “Também colocamos placas de sinalização por todo o campus, principalmente nas áreas que podem oferecer risco, e fazemos contato pessoalmente com os visitantes. Também distribuímos folhetos sobre a doença para os visitantes e a comunidade acadêmica. Nossa principal preocupação, nesse momento, é com os alunos da graduação que estão chegando agora. Muitos, de outras cidades, até desconhecem a doença e por isso precisam ser alertados”, comentou.A Esalq também mantém uma Comissão da Febre Maculosa, que é formada por profissionais especialistas nas três áreas que envolvem a doença: o carrapato-estrela, a bactéria Rickettsia rickettsii, que provoca a doença, e o hospedeiro (animais que são infestados pelo carrapato).No site da instituição há uma ficha de notificação que pode ser preenchida por qualquer pessoa que teve contato com carrapato no campus: http://www.pusplq.usp.br/fichacarrapato/            

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