JOGO RÁPIDO

Erros que servem de alerta

Coluna publicada na edição de 3/9/19 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
02/09/2019 às 21:04.
Atualizado em 30/03/2022 às 17:28

Dois projetos importantes são discutidos nos bastidores do Moisés Lucarelli e do Brinco de Ouro. Na Ponte Preta, um grupo liderado por Sérgio Carnielli apresenta o projeto para a construção de uma arena multiuso com 22 mil lugares. No Guarani, embora tenha esfriado muito, a terceirização do departamento de futebol é um assunto que permanece no horizonte. Os temas são polêmicos e podem causar um forte impacto na vida dos clubes. Bem executados, esses projetos são capazes de proporcionar inúmeros benefícios ao futebol campineiro. Mas é fundamental que, se saírem um dia do papel, os dois negócios sejam desenvolvidos com muita responsabilidade. No sábado, o Guarani conseguiu uma vitória rara. Ao bater o Figueirense em Florianópolis, voltou a vencer fora de casa depois de sete meses. Essa também foi a segunda vitória consecutiva da equipe, que não emplacava triunfos seguidos há um ano. Quem permitiu que o Guarani repetisse esses feitos foi o Figueirense, time que não ganha de ninguém há 11 rodadas. Nesse intervalo, chegou a perder um jogo por WO. Essa crise enorme é consequência de uma desastrosa terceirização do futebol realizada em 2017 com uma empresa incapaz de cumprir os compromissos assumidos. As consequências pela escolha ruim do parceiro serão terríveis. No ano passado, o Botafogo também deu um passo semelhante, ao se associar à Botafogo Futebol SA. A parceria rendeu a modernização de metade do estádio Santa Cruz. O setor ganhou camarotes, cadeiras novas que contrastam com o restante do estádio e parcerias com dois restaurantes badalados. A parte nova também tem um espaço para shows e esse casamento foi anunciado com grande euforia pelo clube de Ribeirão Preto. Depois de apenas um ano, o casamento já atravessa uma forte turbulência. Dirigentes do clube contestam diversas atitudes do parceiro e lamentam que o ex-presidente tenha assinado contratos que hoje consideram lesivos ao Botafogo. A situação está muito tensa e a torcida, indignada com os rumos da parceria, pensa até em boicotar os próximos jogos do time na Série B. Esses dois casos não significam que o Guarani não deve pensar em terceirizar seu futebol ou que a Ponte deva temer dar um passo tão ousado em sua história. Acredito que os dois projetos podem ser muito positivos para os clubes, desde que conselheiros e dirigentes busquem todas as informações necessárias para que possam tomar as decisões corretas, sempre buscando o que for melhor para Guarani e Ponte Preta. Hoje e no futuro.

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