SÉRIE

Warner estreia a nacional Vida de Estagiário

Série faz adaptação das tirinhas do cartunista brasileiro Allan Sieber e reflete com humor o universo da classe

02/03/2013 às 10:20.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:29
Vida de Estagiário (Divulgação)

Vida de Estagiário (Divulgação)

Não há como negar que estagiários, indiferente da área e da empresa, sofrem. Normalmente, ganha-se pouco, trabalha-se muito, a valorização é zero e eles ainda são alvos de muitas brincadeiras e piadas. Quem nunca ouviu, por exemplo, a famosa frase “pede para o estagiário” dita sempre por alguém que não quer fazer uma tarefa bem chata. E o pior: foi feita justamente para zoar o estagiário, já que ele não tem escolha e vai ter de fazer aquilo que ninguém quer. Usar essa figura para fazer humor, por esses e muitos outros motivos, obviamente, não é raro. Mas a chance de realmente ser engraçado é grande. Tanto que o canal Warner escolheu esse tema para sua estreia em produções nacionais. Trata-se de Vida de Estagiário, série que reflete com humor o universo da classe ao fazer uma adaptação das tirinhas homônimas do cartunista brasileiro Allan Sieber, que também assina o roteiro da atração. A estreia no canal acontece quinta-feira, às 19h.

A trama acompanha o dia a dia do estagiário Oséias (Thomas Huszar) em uma agência de publicidade. Como se não bastasse o salário de fome, ele ainda tem de aguentar funções maçantes e a incompetência dos colegas, entre eles Marlon (Conrado Caputto) e Paulinho (Luciano Amaral), a dupla de criação pouquíssimo inspirada, e o caricato chefe, Seo Almeida, que é dono dos cachorros Duda e Nizan. “Estagiário, graças a Deus, não é uma função, mas uma situação. A pessoa não vai se aposentar como estagiário. Eu nunca fui um, mas fui office boy, que é uma profissão correlata. Ambos são muito jovens, ganham pouco, e têm uma tonelada de trabalho para fazer. E, claro, são sempre o lado mais fraco da corda”, conta Allan Sieber.

Conhecido pelo sarcasmo e escracho, o cartunista teve a tira homônima publicada por oito anos e, sua maior preocupação em transportá-la para as telinhas, era ver seu trabalho transformado em algo extremamente burlesco e sem conteúdo. “Tudo o que eu vejo para jovem, quase tudo, é muito babaca. Estão investindo num pressuposto que o telespectador jovem é um boçal. A série não tem essa pegada. É engraçada, com muito humor, eventualmente tem algo pastelão, mas não tem esteriótipo Malhação, digamos. Ao contrário, é um garoto que rala, enfrenta problemas para entrar no mercado de trabalho, e trata-se de uma produção com substância, em termos de roteiro, personagens e direção”, afirma.

Serão 13 episódios e, na lista de personagens, veremos ainda a atormentada secretária Solange (Sheila Friedhofer) e a divertida produtora Sílvia (Marianna Armellini). Juntos, eles vão transformar a experiência profissional de Oséias em uma verdadeira roubada. “Vendo o produto final, fiquei bem tranquilo porque ficou bastante fiel essa transposição. O Oséias e o chefe dele parecem que saíram do papel direto para a ficção. Tanto que o episódio que eu mais gosto é quando o Oséias tem que cuidar do filho do patrão, justamente porque ficou bem fiel a tira original. Em todos os episódios, pelo menos alguma coisa saiu dos quadrinhos.E era o meu medo na verdade, de ficar falso, apelativo. Não ficou”, garante Sieber.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por