cine CPFL

Um novo olhar sobre o faquirismo

Em Campinas, o Cine CPFL faz sessão debate do filme 'Fakir' com a presença das diretoras Helena Ignez e Sinai Sganzerla

Delma Medeiros
14/08/2019 às 12:05.
Atualizado em 30/03/2022 às 18:08

O Cine CPFL apresenta amanhã, dentro da programação de agosto do projeto Cinema e Reflexão do Instituto CPFL, sessão debate do longa Fakir, com a presença das diretoras Helena Ignez e Sinai Sganzerla. O longa traça um retrato sobre o faquirismo no Brasil, América Latina e França. Esse espetáculo de arte popular é apresentado e analisado através de um acervo que revela o êxito dessas performances com seus campeonatos de resistência a dor. O projeto Cinema e Reflexão tem curadoria de Francisco Cesar Filho e Jurandir Müller, da Associação de Audiovisual de São Paulo, que mantém parceria com o Instituto CPFL desde 2017. Originado do circo, o espetáculo de faquirismo consiste no domínio do corpo, resistência a dor, controle respiratório, redução de batimentos cardíacos, entre outras técnicas. O acervo mostrado no longa apresenta o êxito após cada apresentação e os bastidores dos artistas que tornaram possível a existência desta expressão artística, muito forte no Brasil na primeira metade do século 20. Fakir é um documentário que lança luz sobre as faquiresas e os faquires que fizeram sucesso no Brasil jejuando durante longos períodos. Baseado na pesquisa dos Albertos (Alberto Camarero e Alberto de Oliveira), o documentário acrescenta um olhar contemporâneo sobre o assunto com a participação de atores da cena atual. A pesquisa dos Albertos resultou no livro Cravo na Carne: fama e fome – a história do faquirismo no Brasil (Editora Veneta), lançado em 2015. O livro resgata a história de 11 faquiresas que fizeram sucesso no Brasil nas décadas de 1950/60. Sobre a diretora A atriz e diretora Helena Ignez é uma das principais personalidades femininas do cinema brasileiro, que inaugurou um novo estilo de interpretação. Foi casada com Glauber Rocha, de 1959 a 1961, com quem teve uma filha, a atriz Paloma Rocha; e com o cineasta Rogério Sganzerla, até 2004, quando ele morreu. Com Sganzerla teve duas filhas, Sinai e Djin Sganzerla. Helena estava no segundo ano de Direito quando assistiu uma peça teatral e se encantou com a atuação de um grupo de jovens atores. Abandonou então a faculdade e se matriculou no curso de Arte Dramática da Universidade Federal da Bahia. Ela surgiu no teatro baiano em um momento extremamente vanguardista, de rompimento total com a parte mais provinciana do teatro brasileiro. Trabalhou com diversos mestres das artes cênicas e, logo em sua primeira aparição no cinema, foi dirigida por Glauber Rocha. Helena Ignez é um ícone do Cinema Marginal tão importante quanto Rogério Sganzerla e Julio Bressane, pioneiros do movimento. Com a morte do marido Rogério em 2004, vítima de um tumor cerebral, assumiu o texto e a produção de Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha (2010), retomando a continuação que Sganzerla havia escrito para O Bandido da Luz Vermelha, clássico de 1968. Neste filme, dividiu a direção com o diretor Ícaro Martins. AGENDE-SE O quê: Fakir, seguido de sessão debate com a diretora Helena Ignez Quando: Amanhã (15/8), às 19h Onde: Sala Umuarama do Instituto CPFL (Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1.632, Chácara Primavera, fone: 3756-8000) Quanto: Entrada franca (ingressos distribuídos a partir das 18h)

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