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Um espaço para aglutinar talentos

Crítico de arte e artista plástico se uniram para criar em Campinas o Subsolo

Delma Medeiros
01/02/2018 às 19:54.
Atualizado em 22/04/2022 às 09:38
A artista plástica Adriana da Conceição ao lado de uma de suas instalações (Leandro Torres/AAN)

A artista plástica Adriana da Conceição ao lado de uma de suas instalações (Leandro Torres/AAN)

O crítico de arte e curador cubano Andrés Hernández se uniu ao artista plástico Danilo Garcia para criar um novo espaço, o Subsolo, concebido como um laboratório de experimentação artística. O Subsolo reúne áreas expositivas, projetos de ocupação, residência artística, cursos de artes visuais, história da arte, acompanhamento da produção visual de artistas, entre outros. O objetivo, segundo Hernández, é dar continuidade ao processo de valorização e aperfeiçoamento da cena artística da cidade, além de trazer para Campinas artistas que comumente só expõem em São Paulo. “Campinas tem um grande potencial artístico. Vim para a cidade para dar aulas na Unicamp, em 2015. Também atuei como curador independente em diversas galerias de São Paulo e Campinas e tenho contato com muitos artistas. Esse espaço tem essa proposta, de aglutinar artistas, tanto da cena campineira como paulistana”, conta Hernandez. A inauguração traz a exposição 'Ressonâncias Mórficas', com curadoria de Hernández e peças de artistas reconhecidos, como Regina Silveira, Rochelle Costi, Rosângela Rennó, Marepe, Rodrigo Andrade, Eder Chiodetto, Geraldo de Barros, Lenora de Barros, Beatriz Milhazes, Vik Muniz, entre outros, inclusive alguns artistas cubanos. “A ideia é também apresentar mostras de artistas que, em geral, só vemos em São Paulo. Ao invés de irmos para São Paulo para apreciar, pensamos em fazer o caminho contrário e trazer os artistas para expor aqui”, afirma Garcia. A abertura traz ainda três projetos de ocupação: 'Passa 4.5 - Vias de Passagem', de Adriana da Conceição, na área externa, uma proposta de desafiar os artistas a conceberem projetos específicos, relacionando o contexto arquitetônico com a ideia visual. “A cada dois meses um novo artista faz sua proposta para o espaço. Vamos sugerir que o público entre pelo corredor externo, passe pela ocupação e depois siga para a área expositiva ou demais ocupações”, aponta Hernández. Ainda na área externa, a artista Valéria Scornaienchi montou a ocupação '8por8 - Memórias Improváveis'. Nesse espaço serão recebidos projetos de ocupação de paisagismo. Em sua ocupação, Valéria questiona a relação com a memória e com a efemeridade, montando um jardim com galhos secos e sem raízes e uma passarela também de pedaços de madeira, usando material que estava no quintal. Há ainda a ocupação 'Estórias para Comer', de Pama Loiola, instalação com biscoito de polvilho que propõe uma brincadeira sobre a função dos sentidos e da percepção. “A proposta é fazer uma ligação do que foi e do que é hoje o espaço. E também como as pessoas podem se alimentar com o que aprendem”, coloca Pama. Cursos Segundo Andrés Hernández, outra proposta do Subsolo é a realização de cursos de arte, como pintura contemporânea, pintura acadêmica, aulas para crianças e idosos, acompanhamento de artistas, cursos de desenho, paisagismo, espanhol e curadoria. Também estão programados cursos de pintura contemporânea com o cubano Pavel Herrera, de pintura acadêmica com Danilo Garcia, e cursos variados comandados por Ana Cláudia Godin Bastos. O espaço tem ainda uma sala para abrigar residências artísticas. AGENDE-SE O quê: exposição 'Ressonâncias Mórficas e Ocupações' Quando: até 24/3, de segunda a sexta, das 11h às 17h Onde: Subsolo - Laboratório de Arte (Rua Proença, 1.000, Jd. Proença, fone: 98259-0966) Quanto: entrada franca

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