Pai Patrão

Um belo filme dos Taviani, resistente a polêmicas

Longa é a atração desta segunda, 13, no Cineclube do Arte 1, às 23h

Estadão Conteúdo
13/07/2020 às 14:00.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:25
Cena do filme 'Pai Patrão' (Reprodução)

Cena do filme 'Pai Patrão' (Reprodução)

Em 1977, os irmãos Taviani já possuíam uma carreira de mais de dez anos no cinema político quando ganharam a Palma de Ouro por Pai Patrão. Por melhor que seja o filme - atração desta segunda, 13, no Cineclube do Arte 1, às 23 h -, o prêmio foi contestado. Um Dia Muito Especial, de Ettore Scola, também concorria, e não levou nada. Roberto Rossellini presidia o júri, e vinha defendendo que o futuro do cinema era a parceria com a TV. Os Taviani eram produzidos pela RAI. Sobraram críticas ao 'jeitinho' italiano. Do júri participavam Pauline Kael, Marte Keller e Jacques Démy. É pouco provável que tenham aceitado qualquer apadrinhada. E o filme é um marco. Baseia-se no livro de Gavino Ledda, em que ele conta como, de um pastor analfabeto na Sardenha, tornou-se um grande conhecedor/estudioso da língua italiana. Para isso, teve de vencer a resistência do pai patrão, que queria que ele permanecesse ignorante e submisso. O próprio Ledda legitima a abordagem dos Taviani, entrando em cena para entregar ao ator Omero Antonutti o bastão com que o pai castiga o filho no começo. Na sequência viriam A Noite de São Lourenço, Kaos, César Deve Morrer. Polêmicas à parte sobre a Palma, o filme os Taviani são grandes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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