Versatilidade

Tony Tornado comemora seu aniversário de 90 anos

O ator e cantor tem uma carreira que dura décadas

Estadão Conteúdo
27/05/2020 às 12:57.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:52

Tony Tornado, nome artístico para Antonio Viana Gomes, comemora seu aniversário de 90 anos de idade ontem. O ator e cantor tem uma carreira que dura décadas. Após ter trabalhado como porteiro de uma boate e servido o Exército, que deixou em 1963, ele começou a ficar conhecido por suas imitações do cantor norte-americano Chubby Checker, chegando inclusive a ser conhecido como Tony Checker por algum tempo."(Nesta época) conheci o Wilson Simonal, quando ainda era secretário de Carlos Imperial, que na época tinha um programa na TV Continental chamado “Os Brotos Comandam", contou Tony Tornado ao Estadão em 1970. Em 1966, o cantor passou a integrar o conjunto de Ed Lincoln, onde ficou por um ano. Na sequência, acompanhou o grupo Coisas do Brasil em uma excursão de 7 meses aos Estados Unidos. Sem dinheiro sequer para pagar seu hotel, retornou para casa. Já de volta ao Brasil, foi "descoberto" por Antonio Adolfo, que havia composto “BR-3” com Tibério Gaspar. Tony Tornado, então, foi convidado a interpretar a música junto ao Trio Ternura. A música, que teria sido criada em cerca de 10 minutos, após Adolfo ter assistido ao filme “Sem Destino” (Easy Rider, 1969), foi inscrita no V Festival Internacional da Canção (FIC), realizado no Maracanãzinho e transmitido na televisão. A fase nacional contava, entre compositores e intérpretes, com nomes como Martinho da Vila, Ary Toledo, Carlos Imperial, Ibrahim Sued, Wanderléa, Luiz Gonzaga, Aldir Blanc, Agostinho dos Santos, Ivan Lins, Beth Carvalho, Jorge Ben e Trio Mocotó. Além de artistas brasileiros, participavam ainda músicos dos mais variados países, como Bélgica, Suécia, Alemanha, Peru, Hungria, Venezuela, Uruguai, França, Espanha, Irlanda, Holanda, Estados Unidos, Iugoslávia, Grécia e Andorra. Após a música “BR-3” ter sido eleita a vencedora do FIC, Tony Tornado afirmou: "O soul, o spiritual e o blues dentro de poucos anos poderão se integrar na música popular brasileira. O soul já existe no Brasil há cerca de 40 anos, mas só agora vem sendo divulgado satisfatoriamente". Depois de começar a ficar conhecido no mundo da música, o artista passou a investir também em sua carreira de ator, tendo aulas de arte dramática e ganhando oportunidades.Um de seus primeiros papéis de destaque surgiu na TV Tupi, como João Corisco na novela “Jerônimo”, o “Herói do Sertão”, de Moysés Weltman. A trama era protagonizada por Francisco Di Franco e foi ao ar por cerca de um ano, a partir de 20 de novembro de 1972. Os trabalhos como ator continuaram nas décadas seguintes. Um dos trabalhos mais recentes de Tony Tornado que foi ao ar na TV foi o especial de “Natal da Globo”, “Juntos a Magia Acontece”, exibido em 25 de dezembro de 2019. Na trama, ele contracena com o protagonista Milton Gonçalves. No mesmo ano, cantor foi jurado no “Popstar”, reality show musical da Globo. Ele chamou atenção nas redes sociais ao criticar uma apresentação da atriz Totia Meirelles: "para ela cantar pior que o Chico Buarque, é impossível", disse, na ocasião. Presente sombrio e futuro incerto definem conferência Os responsáveis por mais de 100 festivais de música no Brasil estão se mobilizando para discutir as saídas para os eventos diante de um mercado de futuro ainda incerto. Desde que as programações foram canceladas com o início da pandemia no País, muitas datas foram transferidas para o ano de 2021 e várias outras canceladas. De acordo com um levantamento feito pela empresa Data Sim, em março de 2020, 536 companhias fizeram o adiamento ou cancelamento de mais de oito mil eventos de música ao vivo em 21 estados do Brasil. O público projetado para esses encontros é de 8 milhões de pessoas, acumulando um prejuízo direto de R$ 483 milhões e afetando cerca de 20 mil profissionais. Assim, se os resultados forem ampliados para todas as 62 mil MEIs da "música ao vivo" (empresas individuais de produção e sonorização e iluminação), os prejuízos podem chegar a R$ 3 bilhões e afetar um milhão de trabalhadores. Com previsões tão duras, um grupo de empresários do meio lançou nesta segunda (25) um manifesto para chamar a classe à mobilização e colocar o problema nas rodas do poder. A ideia é, em um primeiro momento, formalizar apoio à Lei de Emergência Cultural, que está em tramitação no Congresso Nacional. Uma agenda de encontros com parlamentares e gestores públicos para discutir propostas e soluções para o setor será agendada para os próximos dias, segundo os organizadores do grupo. A associação dos festivais irá realizar uma grande conferência nacional para o final de junho, quando pretende levantar um conjunto de propostas e um calendário unificado para os eventos que acontecerão em 2021.

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