TEATRO

Terra Lume terá mais dois espetáculos até segunda (25)

Mostra teatral apresenta as peças "Púpik" e "Alphonsus": de graça

Correio
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21/02/2013 às 17:44.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:44

Cena do espetáculo teatral Púpik, do grupo Lume (Divulgação)

O olhar estrangeiro em terra alheia e um mergulho nas histórias do poeta simbolista mineiro Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) são temas de dois espetáculos que, embora em processo de criação, poderão ser vistos peo público na programação da mostra Terra Lume, em Campinas. As informações são da assessoria de imprensa.

Neta sexta-feira (22) e sábado (23), será apresentado "Púpik" (umbigo, em hebraico) – uma parceria inédita de Naomi Silman, do Lume Teatro, com a atriz israelense, radicada na Inglaterra, Yael Karavan. Na segunda (25), o primeiro solo da atriz Raquel Scotti Hirson, 'Alphonsus', que tira do baú da memória, lembranças do seu bisavô ilustre, Alphonsus de Guimaraens.

Púpik

“O espetáculo aborda a questão da identidade, do ser estrangeiro, das nossas raízes. O que nos liga é a vida nômade”, contextualiza Naomi Silman sobre Púpik. Inglesa, com passagens por Israel, França e atualmente radicada no Brasil, a atriz revela que sua história é feita de migrações, de idiomas, o que vai tecendo uma identidade híbrida.

Natural de Israel, Yael Karavan, que morou na Itália, França, Alemanha e hoje está na Inglaterra, também carrega essa multiplicidade de culturas. “Por onde vamos, nossas raízes caminham junto”, frisa Naomi, lembrando, ainda, que ambas têm origem judaica.

Alphonsus

As palavras em ação – ou seria a ação das palavras? – é o que propõe a atriz Raquel Scotti Hirson em seu primeiro solo, “Alphonsus”, que está em processo de finalização. Poesia e imaginação se conjugam para a recriação, no corpo, das memórias pessoais que conectam a atriz ao bisavô ilustre, o poeta simbolista mineiro Alphonsus de Guimaraens (1870-1921).

Foi no desejo de conhecê-lo mais de perto que a atriz se decidiu pelo mergulho solitário nas memórias e histórias do autor do conhecido poema “Ismália”, originalmente publicado no livro “Pastoral aos crentes do amor e da morte”.

“Através da poesia cheguei ao homem e, então, à curiosidade de saber quem foi esse homem capaz de poetar, em meio à monotonia de seus longos dias provincianos. No decorrer da pesquisa, percebi que a fantasia seria elemento fundamental para a recriação dessa memória e para a criação de uma dança cheia de imagens, em um devir outro, próprio do trabalho do ator”, diz Raquel.

O novo espetáculo é parte da pesquisa de doutoramento “Alphonsus de Guimaraens: Reconstruções da Memória e Recriações no Corpo”, defendida em fevereiro de 2012, no Departamento de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que engloba memória e atuação como alimentos para uma escrita que adentra o campo das sensações.

Para a criação do solo, Raquel revisitou a metodologia da mímesis corpórea – que consiste na observação de ações físicas e vocais, posteriormente transformadas em matrizes corporais para a criação de figuras, personagens – e adentrou em uma questão diferencial: a mímesis da palavra como possibilidade de preenchimento de espaços. Aqui, a palavra em ação pode conter todas as dimensões das conexões de imagens que detona e, ainda, as dimensões do corpo, jogando com espaço e tempo.

Serviço

Mostra teatral Terra Lume 2013

Na sexta (22) e sábado (23)

21h – "Púpik", com Naomi Silman e Yael Karavan

Na segunda (25)

21h – 'Alphonsus', com Raquel Scotti Hirson.

De graça (distribuição de senhas 1 hora antes de cada espetáculo)

. Capacidade: 70 lugares.

Na sede do Lume Teatro (Rua Carlos Diniz Leitão, 150 - Vila Santa Isabel - Barão Geraldo) -  Campinas. Telefone: (19) 3289-9869

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