nesta sexta

Show em Campinas será um passeio pela trajetória do grupo mineiro 14 Bis

Grupo completa 43 anos e continua fiel à sonoridade que conquista diferentes gerações, transitando entre o rock, o pop e a MPB

Cibele Vieira/ cadernoc@rac.com.br
18/11/2022 às 09:56.
Atualizado em 18/11/2022 às 09:56

Repertório quarentão com um toque mais elétrico (Andreza Sena)

Já se passaram 43 anos desde a formação original da banda mineira 14 Bis, mas ela parece cada vez mais jovem. Nesse período, o grupo realizou cerca de três mil shows, gravou 16 discos (11 em estúdio e cinco ao vivo) e se mantém com um público fiel, reunindo diferentes gerações, mas com planos de reforçar o som elétrico, mais pesado e instrumental para 2023. A trajetória da banda será celebrada nesta sexta-feira (18) no Sesc Campinas, com o show "14 Bis Eletroacústico", a preços populares. Por 90 minutos, os músicos Cláudio Venturini, 64 anos (guitarra e voz), Sérgio Magrão, 72 anos (baixo e voz), Vermelho, 73 anos (teclados e voz) e Heli Rodrigues, 74 anos (bateria) fazem um passeio pelo repertório da banda, que tem uma sonoridade inspirada no rock progressivo, mas com um viés mais pop e bastante influenciado pelo movimento Clube da Esquina.

A banda foi criada no final de 1979, em Belo Horizonte, MG. Os músicos jovens, ativos e envolvidos com vários movimentos culturais, tinham em comum um cotidiano musical, boêmio, com experiências de shows e gravações com outros músicos. Os cinco amigos (os mineiros Cláudio e Flávio Venturini, Hely Rodrigues, Vermelho e o carioca Sérgio Magrão) incorporaram o 14 Bis para a gravação do primeiro vinil (1979), que teve como padrinhos Milton Nascimento e Fernando Brant. Em 1988, Flávio Venturini deixou a banda para se dedicar à carreira solo. Foi quando Cláudio assumiu o posto do irmão na guitarra e Vermelho se tornou o único tecladista. Essa é a formação do 14 Bis que permanece até hoje.

O segredo para a longevidade da banda é revelado por Sérgio Magrão, que conversou ontem com o Caderno C: "acho que a fórmula funciona porque nós curtimos, gostamos de música e de viajar, afinal passamos boa parte do tempo fora de casa desde que caímos na estrada, em 1980. E o fato de sermos grandes amigos faz diferença. Claro que rolam umas briguinhas de vez em quando, mas são resolvidas rapidamente". Sobre os planos do grupo para 2023, ele comenta que no primeiro semestre o show "14 Bis Eletroacústico" ainda permanecerá em turnê, mas no meio do ano o grupo planeja gravar um CD/DVD com músicas instrumentais e algumas inéditas, "um som elétrico mais pesado, totalmente plugado", define.

Críticos musicais comentam que assistir ao 14 Bis tocando ao vivo é um deleite para os entusiastas de técnica musical, porque fica claro que as harmonizações vocais e arranjos instrumentais não são trabalho de estúdio. Todos da banda cantam, dando uma dinâmica diferente às músicas, que encantam pelo ritmo e pelo conteúdo poético, recheado de histórias atemporais. Sobre o estilo do grupo, Magrão ressalta que "é difícil definir um chão para o 14 Bis", e explica que são muitas preferências individuais presentes na sonoridade da banda. Ele comenta que todos foram muito influenciados por Beatles, mas "Vermelho é mais da música erudita, da música clássica. O Cláudio Venturini é mais Jimi Hendrix, aquele rock 'brabo'. Heli é jazz e grandes orquestras americanas. E eu sou uma misturada danada, cresci ouvindo Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga".

Logo no primeiro long play (1979) intitulado "14 Bis", a banda fez sucesso com a música cedida por Milton e Brant, "Canção da América', que é até hoje um dos principais hits do grupo. O disco mais recente é o "14 Bis Acústico - Ao vivo" gravado em 2018 para comemorar os 40 anos da banda em 2019 e virou disco físico em agosto de 2020, quando planejavam celebrar suas quatro décadas, mas a pandemia impôs o adiamento da turnê presencial, que começou somente no ano passado.

A ideia do novo projeto "Eletroacústico" é passear pelo repertorio da banda, por isso ele foi dividido em duas partes. "Na primeira, mais acústica, vamos privilegiar as músicas que não foram tão divulgadas quanto as mais conhecidas do repertório, que costumam chamar de ‘Lado B’ mas não gosto desse termo", diz Magrão. Entre elas "Além Paraíso", que abre o show, "Carrossel", "Queimada", "Pele de Verão", "A Qualquer Tempo", só para citar algumas. E na segunda parte "entra a guitarra mais pesada, com os grandes sucessos da banda", entre elas "Canção da América", "Caçador de Mim", "Espanhola", "Linda Juventude", "Todo Azul do Mar" e "Planeta Sonho".

PROGRAME-SE

Show “14 Bis Eletroacústico”

Quando:sexta-feira, 18/11, a partir das 20h

Onde: Galpão Multiuso do Sesc Campinas - Rua Dom José I, 270/333, Bonfim

Ingressos: de R$ 12,00 a R$ 40,00

Informações: Tel.: 3737-1500 ou www.14bis.com.br

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