Sexta-feira com cardápio teatral variado em Campinas

Resgate biográfico, documentário cênico e stand up comedy são algumas das opões teatrais em Campinas. 'Allan Kardec - Um Olhar para a Eternidade', com Rogério Fabiano e direção de Ana Rosa, é a atração desta sexta-feira (22) a domingo (24) no teatro do Centro Kennedy. No Sesc-Campinas, outra montagem com caráter documental-biográfico: 'Luís Antonio - Gabriela', com a Cia. Mungunzá e direção de Nelson Baskerville. Já no Teatro Liceu a opção é pelo riso, com o espetáculo solo 'Eu Mexxxmo!', com Evandro Santo.

'Allan Kardec', texto de Paulo Afonso Lima, é uma produção independente de Rogério Fabiano e Érica Collares, realizada em parceria com o grupo Opta Produções Artísticas. O espetáculo, que estreou em 1997 com grande sucesso no Rio de Janeiro, ganha nova roupagem sob a direção da atriz Ana Rosa. “Quando me convidou para dirigir a nova versão, Rogério me pediu um espetáculo mais enxuto e com elenco menor, para facilitar a circulação. Conservamos com o autor que nos deu carta branca e enxugamos um pouco, mas mantendo toda a trajetória de Kardec”, explica a diretora. A peça aborda desde o nascimento de Hyppolite Léon Denizard Rivail (nome de batismo), sua lembrança de ser a reencarnação do sacerdote druida Allan Kardec, de quem adotou o nome, sua conversão e as pesquisas que resultaram nos cinco livros que são a base do pensamento espírita.

Em 'Luis Antonio - Gabriela', por meio de levantamentos biográficos, Baskerville conta a história de seu irmão Luís Antonio, homossexual que desafiou as regras da família conservadora nos anos 60 e partiu para a Espanha, onde adotou o nome de Gabriela para trabalhar como travesti em Bilbao (Espanha). Lá, se viciou em cocaína e contraiu o vírus da Aids. Pela proximidade, Baskerville revela detalhes íntimos que podem chocar a plateia. Para interpretar seu irmão, ele escalou a atriz Verônica Gentilin.

No show de humor 'Eu Mexxxmo!', Evandro Santo, que assina o texto e direção, amplia sua observação do mundo e das coisas e aproveita para interagir com a plateia e mostrar sua versatilidade. “Eu mesmo escrevi isto, observei as patacoadas, escolhi as músicas e imaginei a cara de vocês rindo a cada suposta piada ou observação”, ironiza o comediante.

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