Obra traz parceria entre Felipe Fidelis, Adriano Dias, Magrão e outros
Para Felipe Fidelis, "o mais desafiador foi pela falta do abraço" (Arthur Amaral/Divulgação)
Em sua 2ª edição, o projeto Canção Quebrada traz seis importantes nomes da música em Campinas, nesta quinta-feira (13), às 19h, para lançamento on-line de mais uma composição inédita: Pra Ver Você Cantar. Construída a 12 mãos, é a primeira vez que Adriano Dias (violões e voz), Felipe Fidelis (baixo elétrico), Magrão (percussões), Mari Vasconcelos (voz), Rodrigo Eisinger (gaita cromática) e Mario Porto (edição de som) se reúnem para uma mesma composição e o resultado vocês podem conferir no canal do youtube.com/sesccampinas, inclusive com a participação dos artistas no bate-papo antes e durante a exibição do vídeo. O projeto é uma iniciativa que traz a proposta de composição de uma obra musical inédita por artistas de Campinas, evidenciando uma existência imaginada, sem a pandemia. Todo o registro e captação foi feito separadamente na casa dos artistas, utilizando equipamentos não profissionais, como celulares e câmeras simples. Durante o processo de construção, cada artista compartilhou um pouco da experiência vivida neste período de conexão virtual e distanciamento social. “Foi uma surpresa muito boa participar de um trabalho à distância com esses colegas tão talentosos, um time muito bom e de destaque, cada qual na sua área. Contribuir musicalmente para um trabalho do Sesc e ao mesmo tempo continuar o resguardo e a quarentena, com segurança, foi uma prova de que podemos criar novos modelos de criação e interação, enquanto o contato ao vivo não for aconselhável ou permitido.”, diz Adriano Dias. Para Felipe Fidelis foi bem desafiador, justamente pela falta do abraço e daquele cafezinho depois do ensaio. “A vantagem é estar em casa, mas a desvantagem é, por exemplo, ter uma ideia às 2h da madrugada, querer dividir com a equipe e conter a ansiedade como: será que vai funcionar? será que vão gostar? realmente a música precisa? Foi algo que realmente trouxe uma consciência diferente pra minha visão de arte e mundo.” declara Fidelis. Magrão compartilha também de que uma das desvantagens foi a falta de contato humano durante a criação do projeto. “Eu vejo como uma experiência necessária para o momento e que nos trouxe outras possibilidades. Achei muito legal o convite e trabalhar com amigos de tempos é sempre gratificante”, afirma o percussionista.