Evento que acontece até 1º de setembro conta com cordel, mamulengos, oficinas, dança e muito mais
O cordelista Asa Branca do Ceará, que participa do projeto 'Jeitinho Brasileiro'r ( Divulgação)
O Sesc-Campinas promove a partir deste sábado (3) até 1o de setembro o projeto 'O Jeitinho Brasileiro', com espetáculos de teatro e circo, oficinas, exposição, curso de artes plásticas, cultura digital, literatura, cinema e vídeo, dança, oficina de xilogravura, repentistas, bate-papo e música. São 30 dias de celebração da cultura popular nas suas diversas expressões. A programação é gratuita — a exceção é o curso Artes Visuais na Cultura Popular Brasileira.A mostra Mamulengos dos Brasis abre as atividades do projeto com o espetáculo 'O Casamento Caipira de Simão e Marieta pelo próprio Santo Antonio', que relata a história de um casamento caipira teatral, regado com muita música e dança. Quem assina o espetáculo é o mestre Valdeck de Garanhuns.O mamulengo é uma modalidade do teatro de bonecos típica do Nordeste, cuja origem do nome está ligada à expressão “mão molenga”, que é como o bonequeiro mexe os fantoches. As apresentações normalmente ocorrem em locais abertos como praças e ruas, a partir de um pequeno palco improvisado. Ao todo, serão cinco peças do gênero, sempre aos sábados.Ainda na temática de teatro de bonecos, ocorre entre os dias 6 a 9 uma vivência de construção, das 19h às 21h, com o piauense Afonso Miguel. No dia 7, às 19h30, o cordelista e declamador Chico Pedrosa apresenta o universo matuto por meio de repertório de causos e poesias.A segunda semana de eventos será mais agitada. No dia 10, haverá a continuação da mostra Mamulengos dos Brasis com a peça 'A Flor do Mamulengo', curso Artes Visuais na Cultura Popular Brasileira, lançamento do livro 'Dadi e o Teatro de Bonecos: Memória, Brinquedo e Brincadeira', e reflexões literárias sobre a obra História que se vê. A História que se conta..., com Doca Furtado, e a oficina Palavrear: Cordel. Os três eventos são voltados ao público infantil.Nas artes plásticas, o destaque é o xilogravurista Severino Borges, oriundo de uma das mais tradicionais famílias da arte de xilogravura artesanal, que mostra seu trabalho na exposição Marcas do Tempo e coordena uma oficina, ambas no dia 17 (a exposição fica em cartaz até 15 de setembro).Já as atividades de literatura contam com dois nomes da cultura nordestina: Chico Pedrosa e Asa Branca do Ceará. Pedrosa, da Paraíba, tem quase 80 anos e é citado como um dos grandes expoentes vivos da cultura nordestina. Asa Branca do Ceará, com mais de 70 anos, é improvisador desde os 9 anos, conhecido como pensador e repentista cantador dos melhores em atividade. O violeiro e cordelista Roberto Silva, de Pernambuco, integra o time que resgata a tradição do repente e da cantoria.Veja a programação completa no site www.sescsp.org.br/campinas .