DEBATE

Seminário discute evolução do circo na América Latina

'Circo Social'é o tema do encontro anual da Rede Circo do Mundo Brasil realizado na Unicamp, em parceria com o campineiro Grupo Circus e apoio do Cirque du Soleil: pela 1ª vez na região de Campinas

Delma Medeiros
08/03/2015 às 03:50.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:07
Participantes durante encontro da Rede Circo do Mundo Brasil, que reúne especialistas para discutir o viés social das artes circenses r
 ( Divulgação)

Participantes durante encontro da Rede Circo do Mundo Brasil, que reúne especialistas para discutir o viés social das artes circenses r ( Divulgação)

O aspecto social do circo, com suas múltiplas linguagens e temáticas, são o foco do seminário 'Circo Social', que ocorre nesta segunda-feira, dentro do encontro anual da Rede Circo do Mundo Brasil, na Unicamp. O encontro é realizado em parceria com o campineiro Grupo Circus, da Unicamp, com apoio do Cirque du Soleil e conta com a participação do canadense Emmanuel Bochud e do argentino Mariano Lopez, artistas e educadores do projeto Cirque du Mondo, programa social do Soleil.   Os organizadores destacam que, sob a lona multicolorida do circo, várias expressões artísticas são apresentadas ao público, como a dança, o teatro, a música, as acrobacias, malabares, o fantástico, o sobrenatural, além do viés social.   É sobre este último ponto que se debruça o seminário 'A Evolução, Mudanças e Desafios do Circo Social na América Latina nos Últimos 10 anos e sua Interface com as Artes Circenses'. O encontro, de abrangência nacional, ocorre pela primeira vez na região de Campinas. Além do seminário na Unicamp, a programação se estende com assembleia e oficinas para a formação de educadores e coordenadores pedagógicos regionais, a partir da ótica do Circo Social, que serão ministradas, de 10 a 14 de março, na Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente (ICA), em Mogi Mirim.   Antes do seminário, às 14h, o público será recepcionado com um legítimo cortejo circense. Na cena, artistas e educadores de três instituições pertencentes à Rede Circo do Mundo Brasil — Trupe Circus, da Escola Pernambucana de Circo; Trupe Aerocircus, da Associação Londrinense de Circo; e Escola de Circo Lahêto, de Goiás — farão esquetes de palhaço, perna-de-pau e malabares.   Na abertura do evento, Clélia Silveira, uma das fundadoras da Rede, vai convidar a plateia a refletir sobre o tema A Rede Circo do Mundo Brasil e Cirque Du Soleil: Uma Parceria de 15 anos no Trabalho com o Circo Social. Na mesa de exposição, Emmanuel Bochud abordará as diretrizes básicas do circo social como instrumento eficaz para lidar com cidadania, inclusão, diversidade e arte-educação. “Já faz mais de 15 anos que nós contribuímos para o desenvolvimento do circo social no Brasil e chegamos a um ponto em que as organizações parceiras desenvolvem os seus próprios programas de formação de educadores. Esse seminário é um ponto de partida para expandir o impacto dessas ações que, aliás, já deram provas de sucesso ao longo dos últimos anos. Esse encontro permitirá à rede brasileira de circo social mostrar toda a experiência que tem, além de chamar a atenção sobre os benefícios do circo social”, avalia o artista canadense. Ele também vai dividir com o público a experiência do Cirque du Monde, programa de ação social patrocinado pela trupe do Canadá, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo. “O Cirque du Soleil sempre teve o desejo de retribuir à comunidade e com ações concretas. O Cirque du Monde é uma dessas iniciativas. Trata-se de programa de ação social do Cirque du Soleil que utiliza as artes circenses como meio de intervenção junto a jovens de classes populares” , explica.   A mesa do seminário contará ainda com a participação dos pesquisadores e artistas brasileiros Zezo Oliveira, ex-diretor da Escola Nacional de Circo da Funarte, no Rio de Janeiro, e assessor da Secretaria de Cultura de Recife e do Governo de Pernambuco (Fundarpe); Maneco Maracá, coordenador executivo e artístico do Circo Lahêto, de Goiás; Marco Bortoleto, coordenador do Grupo de Pesquisa das Artes Circenses Circus, da Unicamp; e Fátima Pontes, coordenadora executiva e artística da Escola Pernambucana de Circo, em Recife). A participação no seminário é aberta a todos os interessados. A inscrição pode ser feita pelo e-mail: [email protected]. Fátima explica que a escolha pela região de Campinas se deu em razão da parceria com o grupo Circus e pela proximidade com o ICA de Mogi Mirim. “Mas a formação dos formadores em circo social tem acontecido anualmente”, informa. “O objetivo dos encontros anuais é dar continuidade aos processos sistemáticos de formação de jovens educadores de circo social que a Rede realiza desde sua fundação, em 2000”. Assembleia e formação   Além do Seminário na Unicamp, o Encontro Anual da Rede Circo do Mundo Brasil será composto por assembleia, que contará com a participação de representantes das 18 intuições brasileiras integrantes da Rede; e atividades para a formação de educadores e coordenadores pedagógicos regionais de circo social, sob a coordenação de Emmanuel Bochud e Mariano Lopez.AGENDE-SE   O quê: Seminário 'A Evolução, Mudanças e Desafios do Circo Social na América Latina nos últimos 10 anos e sua interface com as artes circenses.   Quando: 9 de março (segunda-feira), das 14h às 18h   Onde: no auditório da Faculdade de Educação Física (FEF), da Unicamp (Av. Érico Veríssimo, 701, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Barão Geraldo, fone: 3521-6768) - Campinas Quanto: entrada franca, inscrições pelo e-mail [email protected]

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