'The Brink' aborda um grupo de homens que tentam evitar a 3ª Guerra Mundial e 'The Walking Dead', em sua 6ª temporada, está cada vez mais eletrizante
Cena da 6ª temporada de 'The Walking Dead', da Fox: enredo surpreendenter (DIVULGAÇÃO)
O ator Jack Black veio ao Brasil essa semana para lançar seu mais novo filme, 'Goosebumps - Monstros e Arrepios' (em cartaz nos cinemas). Porém, como o “cinema está comendo poeira para a TV”, como o próprio astro disse, ele aproveitou o bate-papo para falar também sobre o mercado televisivo e a série 'The Brink', da HBO, que estrelou recentemente ao lado de Tim Robbins e que já está com a segunda temporada confirmada. “Eu quis fazer TV porque todas as minhas histórias favoritas estão sendo contadas por ela atualmente”, explicou Black, citando alguns exemplos. “Para mim, todos deveriam assistir 'True Detective'. Bom, a primeira temporada, porque a segunda é um horror”, disse, aos risos. “Gosto também da série dos irmãos Coen, 'Fargo'. Acho incrível e estou ansioso pela segunda temporada”, continuou. Black não esqueceu também de séries tradicionais, confessando ser fã de 'Breaking Bad' e, “claro, daquela com os dragões, como é mesmo o nome?”, disse, com sarcasmo, em alusão a 'Game of Thrones', soltando uma gargalhada logo em seguida. “O fato é que todas as boas histórias estão na TV e o cinema está, sim, comendo poeira. Eu queria fazer uma dessas séries de ação, entrar em algo com uma pegada diferente”, afirma. Isso, sem contar que, para ele, fazer parte de um projeto televisivo o permite estar sempre perto de casa. “O mais gostoso é que tudo é feito em Los Angeles, mesmo que, na série, pareça que você foi para o Paquistão. Então você grava e volta para a sua casa para ficar com a mulher e os filhos.” O ator considera isso importante porque os filmes, segundo ele, sempre são rodados em lugares afastados por questões financeiras, já que os impostos na Califórnia são muito altos. “Eles economizam milhões de dólares só por gravar em lugares (dos Estados Unidos) como Atlanta, Geórgia, New Orleans. Então a gente passa meses nesses lugares.” Sobre 'The Brink', Black diz que “a série é muito gratificante porque mistura a comédia com política e ação”, mas que outro motivo o fez querer ainda mais fazer parte da produção. “'The Brink' serviu para me reunir novamente com Tim (Robbins), pois ele me deu o meu primeiro papel em um filme, lá em 1991. Eu larguei a faculdade para fazer esse papel em 'Bob Roberts', eu pude ir para Cannes com ele, mesmo sendo uma participação pequena. E, agora, nos reencontramos e, no ano que vem, vamos estar juntos novamente para gravar a segunda temporada.” A HBO ainda não divulgou informações sobre o novo ano, como número de episódios ou data de estreia. Vale lembrar, então, que ela foi ao ar este ano entre junho e agosto, com dez capítulos. A série foi criada por Roberto Benabib ('Weeds'), Kim Benabib, Jay Roach e Jerry Weintraub ('Behind the Candelabra', que morreu recentemente), e gira em torno de uma crise geopolítica, a qual afeta a vida de três homens completamente diferentes e desesperados que tentam evitar a 3ª Guerra Mundial. Black vive Alex Coppins, um humilde e honesto funcionário do serviço diplomático, enquanto Robbins é Walter Hollander, o ambicioso secretário de Estado que não tem muita paciência para lidar com reuniões. O terceiro homem é Pablo Schreiber ('Orange Is The New Black') como Zeke Callahan, um piloto de caça da Marinha. The Walking Dead Quem acompanha a coluna sabe, há um tempo, que 'The Walking Dead' está no meu Top 5 de séries favoritas. E o episódio que foi ao ar no domingo passado (o segundo do sexto ano) não só confirmou o quanto a produção é boa, como fez o seriado brigar bonito pela primeira posição. E, cá entre nós, como é bom quando isso acontece, principalmente por saber o quão difícil é, hoje em dia, para uma série se manter interessante por tanto tempo. Chegar à sexta temporada com um enredo surpreendente, instigante e que prende o espectador ao ponto de deixá-lo ansioso pelo novo episódio é para poucos. E 'The Walking Dead', sem sombra de dúvida, evolui a cada novo passo que dá. Como vimos na season premiere, a trupe de Rick tentou se livrar de milhares de zumbis que ficaram presos numa pedreira próxima de Alexandria, só que uma misteriosa buzina tirou os mortos-vivos da trilha diretamente para a pequena e “segura” cidade. E, claro, ficamos esperando pelo segundo episódio para ver as criaturas destruindo o local. Mas os produtores e roteiristas decidiram usar, novamente, de um recurso que vem fazendo parte de 'The Walking Dead' há um tempo: em vez de seguir com a trama cronologicamente, mostram como tal situação aconteceu por outro ponto de vista. Portanto, o segundo episódio não teve nada da chegada dos zumbis em Alexandria, mas como a tal buzina disparou. E é aí que o bicho pegou. Ouso afirmar que nenhum fã esperava pelo massacre causado pelos Wolves — pelo menos, não da forma inesperada e selvagem como aconteceu. Mais do que isso, para aqueles que ainda creditam o sucesso da série apenas a Rick e seus braços direitos Daryl e Michonne, Carol (a espetacular Melissa McBride), mostrou, mais uma vez, porque é a melhor personagem de 'The Walking Dead' atualmente. Ela tem se mostrado peça-chave em vários momentos, elevando o nível da produção absurdamente. Apenas para citar alguns, na prisão, na 4ª temporada, ele matou alguns companheiros pelo bem do grupo; teve também a cena emocionante em que ela tirou a vida da perturbada garota Lizzie, depois que a menina matou a irmã caçula; e Carol ainda salvou no 5º ano todo o grupo do Terminus, quando os amigos estavam prestes a serem devorados por canibais. Por essas e outras que os criadores da série anunciaram, recentemente, que o único personagem “imortal” de 'TWD' é, claro, a Carol. Enfim, o importante a dizer é que este começo da sexta temporada está superando todas as expectativas e, por isso, se 'The Walking Dead' manter o mesmo nível pelos próximos 14 episódios que ainda virão (um deles neste domingo (25), às 23h30, na Fox), será impossível o Emmy esnobar os zumbis na próxima cerimônia, como tem feito até agora.