Que venha a segunda temporada

A Serí(e)ssima está em festa. Afinal, comemoramos um ano de existência na última semana. Em 27 de abril de 2014, a ideia de ter um espaço exclusivo sobre um dos temas culturais mais promissores do momento virou realidade. E posso dizer que a coluna começou com o pé direito. Afinal, nada melhor do que abrir a nossa primeira temporada com uma das séries mais queridas de todos os tempos e, de quebra, aquela que está há mais tempo no ar no horário nobre: Os Simpsons. Na época, a produção estreava no Brasil sua 25ª temporada, tendo, inclusive, um episódio sobre o Brasil — no caso, para brincar com a Copa do Mundo, que aconteceria em alguns meses.De lá para cá, 12 meses se passaram e mais de 40 séries, nacionais e internacionais, ganharam destaque neste espaço por meio de análises ou entrevistas. Sem falar das incontáveis produções que tiveram curiosidades e novidades publicadas, além das coberturas dos principais prêmios do meio, como o Emmy, o Globo de Ouro e o Sag Awards. Ou seja, como foi bom poder discutir sobre o mais badalado mercado audiovisual desde a season première da Serí(e)ssima.Astros de diversas produções conversaram com a coluna. A eterna Jean Grey de X-Men, ou melhor, a atriz Famke Janssen, falou sobre seu papel em Hemlock Grove. Assim como o elenco de The Night Shift e Orphan Black, que concederam divertidas entrevistas. Não dá para esquecer de David Ramsey, o querido guarda-costas de Arrow, que bateu um ótimo papo com a Serí(e)ssima quando a 3ª temporada do Arqueiro Verde estava para sair.O astro de Marco Polo, o italiano Lorenzo Richelmy, contou aos leitores desta seção os dilemas de ser um novato no mundo das séries. E a bela Morena Baccarin, brasileira que conquistou os americanos em Homeland e Gotham, falou com exclusividade à Serí(e)ssima sobre a minissérie A Tenda Vermelha. Até o caçador de crocodilos Troy Landry, estrela de Mergulhados no Pântano, apareceu por aqui, não apenas na coluna, mas na região — e eu estava lá, para contar a você tudo o que rolou.Claro que algumas séries foram notícia mais de uma vez aqui na Serí(e)ssima, como é o caso da maior e mais impactante do momento: Game of Thrones. Duas colunas neste primeiro ano foram dedicadas a essa excelente produção, falando, respectivamente, da 4ª e 5ª temporadas. E pensar que quando este espaço nasceu Joffrey e Tywin Lannister ainda eram vivos e os dragões de Daenerys tostavam criancinhas livremente. Velhos tempos.Produções nacionais também mereceram atenção. Conversei com as estrelas de Animal e Lili, a Ex, ambas da GNT; de O Negócio, da HBO; Trair e Coçar é só Começar e Vai Que Cola, as duas do Multishow — a segunda, aliás, acompanhei in loco o único episódio ao vivo do programa; e teve também edições especiais de séries da TV aberta. Glória Perez e Bruno Gagliasso falaram com a Serí(e)ssima sobre Dupla Identidade; e até Fernando Meirelles deu o ar da graça quando lançou Felizes para Sempre?.Mas, entre tantas, houve uma coluna que eu não gostaria de ter publicado: a de 30 de novembro de 2014. Dois dias antes, no início da noite daquela sexta-feira, quando o texto que sairia no domingo estava quase pronto, Roberto Bolaños morreu. Foi difícil acreditar que o eterno Chaves, um ícone da televisão brasileira — que era mexicano, ironicamente — havia partido. A única morte de um “desconhecido”, até hoje, que chegou a me emocionar. Exatamente por isso, é claro que ele merecia, acima de tudo, a minha homenagem.No mais, um ano só de alegrias. Mais de 50 leitores tiveram também um espaço reservado na coluna para opinar sobre uma série muito querida, no Minha Série. Breaking Bad foi a campeã disparada de envios. Aliás, se você ainda não me contou o que te prende na frente de televisão, basta mandar um e-mail e ficar na torcida para que seu comentário seja publicado. O espaço está aberto e é justamente para quem, assim como eu, ama esse universo.Ah, e antes que eu me esqueça: se você perdeu ou quer rever algum “episódio” do primeiro ano da coluna, é só entrar no correio.rac.com.br. E, assim como acontece com toda série de sucesso, a Serí(e)ssima segue renovada para a segunda temporada, pronta para trazer, a cada domingo, um conteúdo melhor e mais diversificado. Afinal, estamos aqui para isso. Nesta semana......a HBO estreia a 2ª temporada da ótima série de terror Penny Dreadful. Os novos episódios começam a ser exibidos na sexta-feira, às 23h, cheios de mistério e, claro, muito sangue e magia negra. E nem teria como ser diferente em uma produção que se passa em um submundo entre a realidade e o sobrenatural, onde os demônios pessoais do passado podem ser mais fortes do que vampiros, espíritos malignos e feras imortais. No 1º e de 10 capítulos, Vanessa Ives (a excelente Eva Green) trava uma batalha pessoal contra um demônio malígno decidido a possuí-la, enquanto Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) tenta salvar sua filha de um destino pior do que a morte. Imperdível. Fique sabendo ...que os dados mais aguardados atualmente do mundo das séries finalmente foram liberados: a audiência da Netflix. Segundo a revista Variety, os números da plataforma são avaliados de forma diferente do que se conhece das TVs, logicamente, porque são produtos completamente distintos. Aqui, a audiência é medida de acordo com a porcentagem de assinantes que acessaram cada produção dentro de períodos determinados. E, por enquanto, levando em conta apenas a base de assinantes dos Estados Unidos, que é de 40,9 milhões. A série mais popular é Demolidor, tendo sido vista por 10,7% dos usuários — ou seja, 4,4 milhões de pessoas assistiram a pelo menos um episódio da série. Só no primeiro dia en que a produção foi liberada, 940 mil usuários acessaram Daredevil. Unbreakable Kimmy Schmidt atraiu 7,3% da base (2,98 milhões), enquanto a 3ª temporada de House of Cards ficou com 6,5% da fatia de 40,9 milhões — ou, 2,65 milhões. ...que, após quatro temporadas, Revenge foi cancelada. O canal ABC anunciou que o último episódio será exibido no dia 10 de maio, nos EUA, sob o título Two Graves. Sucesso de público na 1ª temporada, em 2011, quando registrava uma audiência de mais de 10 milhões de espectadores, a série estrelada pela atriz Emily VanCamp teve uma forte queda nos números ao longo dos anos e chegou a ser transferida das quartas à noite para os domingos. Atualmente, é vista por uma média de 4,5 milhões de espectadores. “Eu realmente sinto que estes últimos episódios são tão dignos quanto aqueles primeiros”, declarou o produtor-executivo de Revenge, Sunil Nayar.