Homem foi detido no Parque São Jorge, em Campinas, após denúncias de vizinhos
Segundo o coordenador operacional do 47˚ BPMI, major Edson Costa Pereira, homem confessou o crime logo após ser capturado (Rodrigo Zanotto)
Um atendimento de policiais do 47º Batalhão de Policiamento Militar do Interior (BPM/I) a uma briga entre moradores de um prédio no Parque São Jorge, no limite entre Campinas e Hortolândia, anteontem à noite, culminou na captura de um homem de 36 anos, procurado pela Justiça por tráfico de drogas, que confessou a participação no ataque a uma agência bancária da Caixa Econômica Federal (CEF), em Guaxupé (MG).
O homem, de 36 anos, teria fornecido detalhes de sua participação e, como a CEF é um banco do Governo Federal, ele foi levado para a Delegacia da Polícia Federal (PF), em Campinas, onde prestou depoimento e ficou detido. O homem é o preso na cidade por suspeita de participar do roubo. Em nota, a Delegacia da PF em Campinas confirmou a prisão do suspeito de 36 anos e que ele confessou a participação no crime.
A confissão inusitada aconteceu depois que os policiais militares descobriram que o homem era procurado pela Justiça. Ele foi abordado dentro do apartamento onde estava com a mulher. A equipe da PM foi acionada por moradores do prédio que ouviram gritaria em um apartamento. Quando os policiais chegaram ao endereço, ouviram barulhos e ao identificar o local de sua origem bateram à porta.
Foi a mulher quem atendeu e confirmou a briga. O homem foi chamado para dar sua versão e, durante pesquisa de antecedentes criminais, os agentes descobriram que o homem era procurado por tráfico de drogas e também respondia por um crime em regime semiaberto.
Os policiais fizeram buscas no imóvel e apreenderam quatro celulares. De acordo com o coordenador operacional do 47˚ BPMI, major Edson Costa Pereira, antes de levar o suspeito para o plantão da 2ª Delegacia Seccional, ele relatou aos policiais que tinha participado do ataque ao banco, inclusive mostrou mensagens referentes ao crime. "Ele falou que estava precisando de dinheiro e foi convidado a participar do assalto. Informou que recebeu R$ 6 mil para ir e, se o roubo desse certo, seria feito uma partilha lá e receberia um pouco mais", contou o major.
O suspeito teria relatado que fez parte da quadrilha que atacou a CEF no Sul de Minas como olheiro, uma espécie de vigia para os comparsas. Quatro celulares que estavam com ele foram apreendidos. As informações fornecidas por ele ainda serão investigadas pela PF.
Além de ser procurado por tráfico de drogas, crime cometido em 2022, os policiais constataram que o homem também cumpre uma pena em regime aberto - cujo motivo não foi localizado pelos agentes. Segundo o major, há registros de pelo menos cinco delitos desde 2014, incluindo o furto de uma retroescavadeira em 2019, na cidade de Hortolândia.
PRIMEIRO DETIDO
Na última terça-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou em seu Instagram a prisão de um suspeito de 23 anos, na Vila Boa Vista, de envolvimento no crime. O suspeito foi flagrado com um SUV semelhante a um dos carros usado pela quadrilha. O carro era furtado em São Paulo. No carro os agentes localizaram diversos apetrechos usados em crimes como seqüestro e roubo de cargas. O suspeito também foi pego por policiais do 47º BPMI. Este caso está sendo investigado pela Polícia Civil. O suspeito de 23 anos foi detido na mesma região da prisão de anteontem, mas responderá pela acusação em liberdade.
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