PAULÍNIA

Pré-estreia de comédia 'Vai que Dá Certo' lota auditório

Filme de Maurício Farias conta a história de um grupo de amigos que planeja um roubo

Fábio Trindade
20/03/2013 às 07:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:53
A partir da esq., o ator Danton Mello, o diretor Maurício Farias e os atores Natália Lage e Felipe Abib durante entrevista coletiva (Rodrigo Zanotto/ AAN)

A partir da esq., o ator Danton Mello, o diretor Maurício Farias e os atores Natália Lage e Felipe Abib durante entrevista coletiva (Rodrigo Zanotto/ AAN)

O reencontro de amigos de adolescência, frustrados por não ter alcançado o sucesso que desejavam, é o enredo da nova comédia nacional que tem tudo para ser a sensação dos cinemas a partir de sexta-feira (22).

A reação das cerca de mil pessoas que lotaram o Theatro Municipal de Paulínia durante a pré-estreia de 'Vai que Dá Certo', na noite de segunda-feira (18), deu indícios de sucesso à vista. E, nas demais premiéres que aconteceram pelo Brasil — São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis —, a situação não foi diferente, garante o diretor Maurício Farias.

“Todas foram maravilhosas. A reação tem sido sensacional. O público riu, se divertiu, todo mundo fica animado, mas a gente é gato escaldado. Cinema é um mistério, sucesso é um mistério, tem que ter muito cautela com o resultado”, pondera. Mesmo assim, a distribuidora vai apostar forte na produção e está nas últimas negociações para estrear com 450 cópias.

Rodado 100% em Paulínia e Campinas, o filme teve um orçamento de R$ 3,2 milhões, três vezes menos que, por exemplo, 'De Pernas Pro Ar 2'. Mas justamente os bons resultados alcançados pelas últimas comédias nacionais fizeram com que a produção saísse em apenas dois anos e meio, contando o período de captação, filmagem e lançamento.

E, mais do que isso, com um elenco estelar, que conta com alguns dos principais atores/comediantes da atualidade.

“A gente acreditou muito na qualidade do roteiro e o elenco apostou com a gente nessa questão. Aceitaram dentro do orçamento um percentual justo, então todo mundo sabia que não estava ganhando muito. Mas temos que acreditar na qualidade do nosso trabalho e tentar ganhar lá na frente, ver se faz sucesso. Se não apostar nisso, ficamos muito tempo captando. Mas é legal fazer rápido porque o filme não fica velho, a ideia está no ar”, explica a produtora Silvia Fraiha.

Danton Mello, Natália Lage, Lúcio Mauro Filho, Bruno Mazzeo, Fábio Porchat, Gregório Duviver e Felipe Abib, além de uma participação especial de Lúcio Mauro, são as estrelas de 'Vai que Dá Certo'.

Na trama, Rodrigo (Danton), um músico falido, perde a mulher e o emprego ao mesmo tempo e acaba pedindo ajuda para o primo Danilo (Lúcio Filho), que trabalha em transportadora de valores.

Cansados de viver no sufoco, eles planejam roubar o local, pedindo ajuda para os amigos de escola, que estão em situação ainda pior, Amaral (Porchat), Vaguinho (Gregório) e Tonico (Abib).

O problema é que todos são muito amadores e criam inimagináveis confusões que, ao invés de lucrarem, ficam devendo cada vez mais na praça, envolvendo, inclusive, a outra colega da infância, Jaqueline (Natália).

“São todos parceiros de muito tempo. Fazemos televisão, e comédia, há anos. Natália e Lucinho fizeram 'A Grande Família' comigo por anos. Com o Danton eu fiz várias novelas. O Bruno, o Fábio e o Gregório fizeram comigo um programa que chamava 'Junto e Misturado', escrito por eles e dirigido por mim.

O Felipe foi o único com quem eu não tinha trabalhado e conheci pelo teatro. Mas é um grupo que trabalho junto há tempos, com muita experiência em comédia, muito bem preparado, pois são grandes atores e comediantes. Eu convidei e, com muito jogo de cintura, deu certo”, conta o diretor.

O entrosamento entre os atores é o ponto alto do filme, já que todos têm um humor rápido e certeiro. Tanto que uma sequência deve sair nos próximos anos. “Quem sabe a gente não vem gravar aqui em Paulínia. Essa é a nossa expectativa”, afirma o diretor.

“Paulínia teve uma ideia e uma forma de se preparar e criar cinema muito particular, para atrair justamente artistas de outros lugares do Brasil, além de formar técnicos, artistas e tudo mais daqui. O cinema é muito carente e sobrevive com apoio, seja do Estado, das prefeituras, por isso o sucesso que essa cidade conseguiu”, lembra Farias, completando que se impressiona pela forma como as pessoas no município se envolvem com os projetos e pela estrutura local.

“Para ambas as partes, Paulínia e os produtores, é muito gratificante esse polo. É uma experiência única.”

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