O projeto foi criado pelo grupo gaúcho Teatro VagaMundo em 2011, em circulação pelo interior do Estado
O projeto 'Banana com Canela', criado pelo grupo gaúcho Teatro VagaMundo em 2011, em circulação pelo interior do Estado, faz sua segunda parada em Campinas, para uma apresentação na manhã deste domingo (16) na área externa do Centro de Convivência Cultural. O espetáculo é centrado na figura do palhaço – rabugento e brigão -, uma bicicleta e algumas bananas. Toda encenação é fundamentada nas raízes circenses e expressa a linha tênue entre caos e ordem, uma vez que o palhaço Rabito – ao expor suas debilidades, emoções e fraquezas – se coloca em cena como um espelho social. A partir deste confronto, o público passa a se enxergar igualmente como um ser mais frágil, perverso e humano. “Para o VagaMundo, o palhaço é um importante agente de transformação social, já que ele é capaz de instaurar um espaço de encontro real entre as pessoas, no qual é possível celebrar nossas diferenças. Desse encontro surge o riso, cuja potência transformadora é capaz de nos levar a outras esferas da experiência da vida. O palhaço é um ser diverso por natureza, que transita fora das regras sociais e se permite viver sob uma lógica mais direta com a vida, mais transparente. No momento em que o público aceita esse ser que tem outra lógica, que vive de outra forma, e que se expressa de outro modo, também passa a aceitar melhor sua própria diferença e a diversidade tão bela que existe entre todos nós”, explica Gabriela Santos, diretora do espetáculo. Responsável por dar vida a Rabito, o ator Daniel Lucas já emocionou milhares de pessoas com a encenação que, como ele próprio diz, “é um momento de experimentação conjunta que fortalece o vínculo público-ator, valorizando os encontros – particulares e compartilhados”. De acordo com o artista, o palhaço é um operador de emoções que se atreve a mostrar novas possibilidades. “O palhaço mostra que podemos pensar e agir de formas diferentes, fora dos padrões de comportamento, e que não precisamos levar a vida tão a sério. E é exatamente por esse motivo que o público ri do palhaço, porque se identifica com a sua singularidade. As pessoas tendem a rir do próprio fracasso, e o palhaço é a pura aceitação de quem realmente somos”, aponta ele. A atração, conduzida em pouco mais de uma hora, busca tirar o público da sua zona de conforto. “O espetáculo é, assim, um chamado para a liberdade de ser o que se é, sem medo, sem julgamento, um possível instante de liberdade compartilhada”, encerra Gabriela. AGENDE-SE O Quê: 'Banana com Canela' Quando: neste domigo (16), às 10h Onde: Centro de Convivência Cultural (Praça Imprensa Fluminense, s/nº, Cambuí) Quanto: entrada franca