Com quase 25 anos de carreira, o artista estará presente no evento “Mulheres no Correio”, no dia 2 de março
Palhaçaria e mágica estão na essência de Tachinha que, no evento do Correio, pretende surpreender as pessoas, diverti-las e aproximá-las (Natália Fernandi)
O palhaço Tachinha, figura interpretada por Márcio Parma, não foi criado. Ele nasceu, diz o artista de Campinas. “Foi ele que me descobriu e sempre esteve em minha vida. O palhaço vem para revelar características suas, coisas mais singelas e despreocupadas”, conta Márcio, que vai estar presente no evento “Mulheres no Correio”, interagindo com o público no dia 2 de março. As interações unem a palhaçaria e a mágica, dois elementos que estão na essência de Tachinha. “Vou fazer números ‘close-up’, aqueles nos quais a pessoa participa. A proposta é surpreender as pessoas, divertir, mas também aproximá-las, juntar grupos, promover essa troca”, detalha.
A área circense sempre atraiu o artista, que cresceu assistindo apresentações no circo. Inicialmente, o mágico o atraiu mais e ele passou a estudar a área, mas ao fazer cursos sobre palhaço na faculdade, surgiu dentro dele essa necessidade de mergulhar também na palhaçaria.
Foi lá, em 1998, dentro do Hospital das Clínicas da Unicamp, que Tachinha nasceu. Márcio foi um dos fundadores do movimento Hospitalhaços, que hoje é uma ONG, e junto com outros artistas passava seu tempo livre como voluntário animando crianças adoentadas. Ele acredita que vem dessa experiência parte da personalidade de seu palhaço, de se preocupar com as pessoas ao redor e de tentar criar um ambiente acolhedor e agradável. “Vejo o palhaço como um meio de transformação da realidade. Durante a interação, a gente ri do Tachinha, e não das pessoas que estão assistindo.”
Hoje, ele é um mágico-palhaço, e não um palhaço-mágico. Márcio explica a diferença: “Não é um palhaço que faz mágicas e acaba revelando todo o processo. Eu preservo a mágica, nunca revelo como ela acontece. Mas é um mágico meio trapalhão, que faz brincadeiras”. O artista conta que é um processo ainda em construção, mesmo após quase 25 anos. “Eu ainda batalho nisso, pois o mágico exige uma certa rigidez, enquanto o palhaço quer fazer outra coisa na hora, então, não é fácil conseguir o equilíbrio.” Para tanto, ele conta com os amigos dentro da palhaçaria e do universo da mágica. “Nós aprendemos muito nessa troca, alguns deles já estão na estrada faz tempo e são grandes referências”, completa o artista.
PROGRAME-SE
Mágico-Palhaço Tachinha
Quando: Dia 2 de março (sábado), às 11h30 e 13h30
Onde: Sede do Correio Popular - Rua Sete de Setembro, 189, Vila Industrial
Entrada gratuita
Informações: Instagram @doispicadeiros
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