90 anos

Orquestra campineira é a mais antiga em atividade

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas completa 90 anos em 2019 e programa uma temporada especial para comemorar a data

Delma Medeiros
16/01/2019 às 11:06.
Atualizado em 05/04/2022 às 11:32

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas completa 90 anos em 2019 e programa uma temporada especial para comemorar a data, buscando apoio da iniciativa privada para parcerias que permitam ampliar e incrementar a agenda deste ano. A abertura da temporada 2019 será dia 15 de março, no Teatro Municipal José de Castro Mendes, sob a regência do diretor artístico e maestro titular Victor Hugo Toro. O programa dos dois primeiros concertos da temporada 2019 oficial ainda está sendo elaborado. Em 2014, documentos que chegaram às mãos da primeira-dama Sandra Ciocci comprovaram a criação da Sociedade Symphonica Campineira em 6 de outubro de 1929. No mesmo ano, em 15 de novembro, o recém-criado grupo musical fez sua primeira apresentação, sob a batuta do maestro Salvador Bove. Os documentos foram doados ao Centro de Memória da Unicamp, entidade aparelhada para guardar, analisar e preservar os registros. Principal estrutura cultural do interior paulista, uma das maiores instituições culturais do Brasil e maior referencial artístico da terra de Carlos Gomes, a Orquestra Sinfônica foi criada quando um grupo de cidadãos campineiros decidiu que a cidade merecia ter uma orquestra de alto nível. Foi então criada a Sociedade Symphonica Campineira, que é a origem da atual orquestra, cuja característica marcante é a diversidade e heterogeneidade musicais, trazendo em seu repertório obras populares e eruditas, executadas sempre com alta qualidade artística e técnica. Neste ano de celebração, o maestro Victor Hugo Toro lembra que o momento é uma oportunidade para o empresariado participar diretamente, colaborando com a agenda da Orquestra. “Eu quero fazer aqui um chamado às empresas e indústrias da região a se envolverem com o projeto da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, como uma mostra de firme responsabilidade social, dando exemplo de uma região civilizada, onde as coisas são bem-feitas, com orgulho cultural e autoestima elevada. As empresas têm a possibilidade, direi mais, a responsabilidade, de colaborar com a Sinfônica e seu valor simbólico na região”, afirma Toro. Para o maestro, “o patrocínio empresarial a projetos e instituições culturais como a Orquestra Sinfônica é um caminho atrativo para o investimento privado”. “As atividades culturais são estratégicas e geram trabalho, emprego e renda, além de promover a inclusão social de jovens, crianças, adultos e idosos. Apoiar ações culturais, como a Sinfônica de Campinas, não é apenas uma ótima oportunidade para que empresas e indústrias reduzam valores de tributos e impostos nas esferas municipal, estadual e federal. A participação em projetos culturais e de promoção social, num mercado que só cresce a cada dia, é também uma forma de valorizar e diferenciar a imagem institucional perante a sociedade. Contamos com vocês”, reitera Toro. Antes da temporada oficial, no dia 12 de fevereiro, a Orquestra dá início à série de Concertos Didáticos, programa voltado aos alunos da rede pública, em que as crianças e adolescentes têm oportunidade de conhecer um pouco mais do que apenas ouvir um concerto. Maestro e músicos interagem com os participantes, falando sobre as obras, autores e os instrumentos musicais que fazem parte de uma orquestra. Curiosidades históricas da Orquestra A primeira sessão para criação da Sociedade Symphonica Campineira foi realizada em 6 de outubro de 1929 no salão nobre do Clube Italiano, que também cedia espaço para os ensaios. Salvador Bove foi o primeiro maestro. A primeira diretoria tinha Jorge Witerman como presidente, Reynaldo Prestes como secretário e Franklin Caetano de tesoureiro. Na comissão de honra estavam o prefeito Orosimbo Maia, Joaquim Alvaro, Raphael Duarte, Annibal de Freitas, Euclydes Vieira, Geraldo Alves Corrêa, José de Campos Novaes, Pedro A. Anderson, Antonio Benedito de Castro Mendes e Elias Lobo Netto. A primeira formação contava com 51 músicos, ou professores de orquestra.  O maestro Luiz de Tullio, que esteve à frente da OSMC de 1968 a 1974, quando ela foi efetivamente municipalizada, participou do primeiro concerto da Sociedade Symphonica Campineira como violinista. Além dele, tocavam na orquestra, seu pai, o maestro João de Tullio, o irmão, Pompêo de Tullio (trompas), e Pompêo de Tullio Sobrinho (violoncello). SERVIÇO Interessados em se tornar parceiros da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 3705-8042

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