ENTREVISTA

Obra de jornalista traz lirismo e objetividade

Juliana Damante lança nesta segunda (11), em Nova Odessa, o livro 'Deslimites - Metáforas do Cotidiano', com crônicas, poesias, histórias e até jornalismo

João Nunes/Especial para o Correio Popular
09/04/2016 às 19:54.
Atualizado em 23/04/2022 às 01:05
Juliana Damante: inspiração no poeta mato-grossense Manoel de Barros (Divulgação)

Juliana Damante: inspiração no poeta mato-grossense Manoel de Barros (Divulgação)

A jornalista Juliana Damante lança nesta segunda-feira (11), em Nova Odessa (a 33 km de Campinas), o livro 'Deslimites - Metáforas do Cotidiano', uma produção independente, pelo Selo do Burro, que reúne 60 textos. O inusitado é a indefinição do gênero, pois a publicação reúne crônicas, poesias, histórias e até textos jornalísticos ao estilo literário — ela tem pós-graduação em jornalismo literário.  Mas há outro detalhe que chama a atenção: a fonte do texto varia de acordo com as propostas dos escritos. Segundo a autora, é daí que vem o título, “deslimites”, uma remissão ao poeta mato-grossense Manoel de Barros (1916-2014). “Tem dias que me identifico mais com a poesia e com sua forma de se comunicar, outros com a realidade do jornalismo”, diz ela. É, também, um convite ao leitor “para que ele veja as coisas além do que são e as palavras além do que elas dizem”. Em resumo, “uma provocação para a pessoa sentir, antes de dar qualquer nome”. O lançamento acontece nesta segunda-feira (11), às 19h, no Sarau Parada Poética, na Estação Ferroviária de Nova Odessa, cidade que integra a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Haverá também um bate-papo com a escritora. Juliana respondeu a quatro questões formuladas pelo Caderno C. Caderno C — Fica claro que você gosta de poesia (e de Manoel de Barros) mesmo quando escreve prosa. Qual influência dele na sua escrita? Juliana Damante — A influência do Manoel de Barros começa da escolha do nome para o livro. Aprendi com uma de suas poesias a palavra “deslimites” e fiquei tempos pensando nela e sua amplitude de significados dentro da realidade e também o que poderia representar. O olhar atento e observador dos detalhes e minimalismos, descrições de formas, pessoas, histórias e situações que Manoel se utiliza, está bem próximo da minha visão para com o mundo e que resultam nos meus textos. Sua busca pelo belo e pela simplicidade traz possibilidades interessantíssimas para conhecer histórias fantásticas de anônimos como nós. Você junta estilos, fontes e formas com naturalidade. Para além do inusitado, que sentido você busca nessa mistura? Essa diversidade de estilos, fontes, formas é o que vivemos no dia a dia. Tem dias que me identifico mais com a poesia e com sua forma de se comunicar; outros, com a realidade do jornalismo, enfim, de todas as possibilidades que temos e podemos ser. “Deslimites” é bem isso, é deslimitar as suas possibilidades de vivência e abrir caminhos. Qual o critério para escolher os textos publicados? Qualidade ou organicidade que une as diferenças? Optei por textos mais maduros e elaborados, sejam eles longos ou curtos, sem pensar na organicidade. Um dos problemas de lançamentos independentes é distribuição. Como pensa resolver isso? Sim, a distribuição independente traz de fato essa barreira. Tenho contato com a ampla divulgação das redes sociais, participações e inserções em saraus da região e na capital, universidades de jornalismo. É um trabalho de formiguinha, mas que é gratificante porque não preciso travar minha obra dentro de nenhum padrão, uma vez que a publicação sai de forma independente. Serviço O quê: lançamento do livro 'Deslimites - Metáforas do Cotidiano', de Juliana Damante Quando: nesta segunda-feira (11), às 19h Onde: Sarau Parada Poética na Estação Ferroviária de Nova Odessa (Av. Carlos Botelho, s/nº, Centro, Nova Odessa) Quanto: entrada franca O livro será vendido a R$ 20,00 e também pode ser adquirido por e-mail ([email protected])

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