televisão

O poder feminino em suas várias vertentes

Aos 26 anos, Agatha Moreira já pode ser considerada uma atriz experiente. Diante dos olhos dos telespectadores já foi posta em prova em diversos papeis. Com seis anos de carreira na televisão, ela conquistou seu espaço e agora mostra sua vertente cômica

Da TV Press
correiopontocom@rac.com.br
08/05/2018 às 07:47.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:01

Atriz está na sexta produção de folhetins da emissora carioca (Divulgação/CZ)

Aos 26 anos, Agatha Moreira já pode ser considerada uma atriz experiente. Diante dos olhos dos telespectadores já foi posta em prova em diversos papeis. Com seis anos de carreira na televisão, ela conquistou seu espaço e agora mostra sua vertente cômica como a mocinha Ema, de Orgulho e Paixão. O empenho na carreira deve-se em grande parte à maturidade conquistada em sua primeira profissão, a de modelo. Ainda com 14 anos, a carioca nascida no subúrbio rodou o mundo e morou em países como Estados Unidos e Coréia do Sul. De volta ao Brasil, ela decidiu investir em si e foi atrás de cursos de interpretação. Em 2012, acabou passando no teste para viver a Ju, de uma das temporadas de maior sucesso de Malhação. Desde então, não parou mais de trabalhar. “Estou há seis anos na Globo e este é meu sexto trabalho. É uma rotina puxada e cansativa, é difícil emendar um trabalho no outro. Mas tudo aconteceu do jeito que eu queria e imaginava”, garante, assumindo uma faceta workaholic. “Sou mesmo. Não gosto de ficar parada”, garante. Da mesma forma que avalia seu fluxo de trabalho, Agatha também pondera sobre seus personagens e a relevância deles dentro da trama – não que isso faça diferença na hora de mergulhar em um papel. No entanto, ela seria hipócrita de não celebrar sua trajetória ascendente. “Consegui não ficar enquadrada em um tipo de personagem. Tenho feito mulheres muito diferentes entre si, ainda que em curto espaço de tempo”, afirma. Antes da atual novela das seis, ela esteve em Novo Mundo, na pele de Domitila, a icônica Marquesa de Santos. “Fazer uma figura histórica é complicado. Ainda mais uma personalidade tão criticada pela maioria das pessoas. Isso torna tudo mil vezes mais difícil”, diz. Consciente da luta dos direitos das mulheres, a atriz celebra a chance de dar vida a personagens tão fortes. “Sinto o poder de mostrar essas mulheres, independentemente do tempo em que vivem”, reflete. No folhetim de Marcos Bernstein, ambientada nos anos 1920, Ema é a neta do Barão de Ouro Verde, de Ary Fontoura, chefe de uma das famílias mais ricas da região. Após a morte de sua mãe, ela promete cuidar do pai e do avô – e desta forma, fica afastada de qualquer homem. “Ela se dedica à vida amorosa dos outros, já que não pode cuidar da sua. E se intitula como a casamenteira do Vale”, brinca. Dona de uma postura conservadora, ela é o contraponto da melhor amiga, Elisabeta, interpretada por Nathalia Dill. “Enquanto uma é feminista, a outra reproduz os discursos machistas que ouviu a vida inteira e é bem ligada às tradições. Acha que o papel da mulher é cuidar da casa e do marido, sem se meter nos negócios”, afirma. Uma mudança na história de sua personagem alterou significativamente as convicções da mocinha, motivo suficiente para tirar o sono de Agatha. Na trama, sua personagem descobre que Jorge, o advogado da família, interpretado por Murilo Rosa, é apaixonado por ela. “Ele está na vida dela há muito tempo e o enxerga como um amigo. Ela não pensa muito nisso porque está preocupada com o casamento das amigas, coloca a felicidade dos outros acima da dela. Mas tudo muda quando percebe esse amor”, revela. “Espero que, quando ela descubra, não seja tarde demais”, torce. Orgulho e Paixão é livremente inspirada nas obras de Jane Austen, famosa autora inglesa do Século 19. Sempre à frente do seu tempo, Jane falava sobre mulheres fortes e amores impossíveis, tratando de temas complicados como preconceito e racismo. Para entender melhor as motivações de Ema, Agatha conta que mergulhou nos livros da autora. “Foi uma fonte de pesquisa muito rica. Além disso, vi alguns filmes de época para me ambientar melhor sobre os anos 1900”, conta. Seu trabalho em Novo Mundo, que datava de uma época próxima, também a ajudou muito. “Apesar de ser completamente diferente, principalmente no texto, foi muito útil. Eu já tinha o registro dessa época no meu corpo, na minha fala”, explica. Agora fã dos textos de Jane Austen, a atriz celebra a chance de poder dar vida a obras clássicas e tão importantes, e que talvez não alcançasse todo o público que a tevê atinge.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por