'amor é isso'

Novo trabalho de Erasmo Carlos traz parcerias

Depois de uma trilogia em que o rock and roll era o foco principal, Erasmo Carlos dedica seu novo álbum ao gênero canção

Da Agência Anhanguera
correiopontocom@rac.com.br
28/05/2018 às 09:51.
Atualizado em 28/04/2022 às 10:21

Erasmo Carlos lança pela Som Livre, Amor É Isso, o 31o. de seus 53 anos de carreira: disco privilegia canções ao invés do velho e bom rock?n?roll (Guto Costa/Divulgação)

Depois de uma trilogia em que o rock and roll era o foco principal, Erasmo Carlos dedica seu novo álbum ao gênero canção. Amor é Isso, 31º trabalho do cantor e compositor carioca, retoma a trilha explorada no clássico LP Carlos, Erasmo, lançado pelo cantor em 1971 e que se tornaria referência fundamental na música brasileira.Lançamento Som Livre, o álbum chegou às plataformas digitais no último dia 18 de maio e, ainda este mês, estará disponível em CD nas lojas de todo país. Em 12 faixas inéditas, Erasmo abre parcerias com Emicida, Dadi Carvalho, Adriana Calcanhotto, Samuel Rosa e até Tim Maia. E retoma o trabalho com parceiros de outros tempos, como Arnaldo Antunes e Marisa Monte. Há também canções escritas especialmente para ele por Nando Reis e Marcelo Camelo, além da faixa Não Existe Saudade no Cosmos, de Teago Oliveira, lançada como primeiro single em dezembro. Completando o repertório, três faixas escritas por Erasmo sozinho: Amor É Isso, Acareação Existencial e Pagar Para Viver. Em meados do ano passado, Erasmo procurou o diretor artístico Marcus Preto, que o ajudou a buscar repertório inédito, vasculhar rascunhos, pensar em parcerias, separar as melodias que seriam enviadas para os parceiros colocarem letra e as letras que seriam musicadas pelos amigos. Algumas já estavam prontas. “Estou com um livro com 111 poesias para ser lançado. Pensei em aproveitar muito disso em música, trazendo um novo caminho de linguagem e de comunicação, para não ficar escravo de rimas e essa coisa toda. A ideia inicial desse álbum era de musicar poesia, vi nele uma oportunidade de prevalecer as canções, independentemente do ritmo”, conta Erasmo. Quando o repertório já estava bem encaminhado, Preto foi buscar o produtor musical Pupillo (Nação Zumbi) e os três mergulharam em duas fases de estúdio para realizar as gravações. Levaram com eles um time espetacular de músicos. Guilherme Monteiro (guitarras e violões); Carlos Trilha (pianos e teclados); Bruno Di Lullo e Dadi Carvalho (baixos); e Pupillo ( baterias e percussões). Dando o acabamento final, o violinista Felipe Ventura (da banda Baleia) escreveu e executou os arranjos de cordas. E a dupla Filhos da Judith fez os backing vocais. Um trio de metais foi gravado para dar ainda mais beleza à faixa Novo Sentido, primeira parceria entre Erasmo e Samuel Rosa, do Skank. As faixas Convite para Nascer de Novo traz a parceria de Marisa Monte, Dadi e Erasmo Carlos. Marisa já havia escrito uma canção com Erasmo: Mais um na Multidão, do álbum Pra Falar de Amor (2001). Nessa nova parceria, os dois agregam Dadi Carvalho. Marcelo Camelo, vocalista da banda Los Hermanos fez a canção Sol da Barra, inspirado na praia em que Erasmo mora, na Barra da Tijuca. Camelo faz participação especial na gravação, assobiando. A parceria de Erasmo com o rapper paulista Emicida rendeu duas canções. A primeira, Abre Alas do Verão, foi feita especialmente para Gal Costa e vai estar no próximo álbum da cantora. A segunda é Termos e Condições, sobre as desvantagens do nosso mundo tão tecnológico, que Erasmo gravou com a participação de Emicida.Os dois parceiros não se conheciam pessoalmente até o dia da gravação da faixa. A troca de letras e melodias foi feita por meio de Marcus Preto. “Sua simpatia é instantânea e contagiante. Seu discurso sobre os problemas contemporâneos e possibilidades sociais se tornam mais críveis para nós quando desfrutamos sua elogiável humildade e simplicidade”, conta Erasmo sobre o rapper. Minha Âncora foi um presente de Nando Reis. Parceiro de Erasmo desde o álbum Rock 'n' Roll (2009), o ex-titã fez letra e música. Novo Sentido é a primeira parceria com Samuel Rosa. O líder do Skank enviou uma gravação com a melodia, a harmonia e muitas ideias de arranjo. Erasmo manteve a maior parte delas. A letra é uma adaptação de um dos poemas do livro inédito de Erasmo. Amor É Isso, a música que batiza o disco é composição solitária de Erasmo. E foi, por muito tempo, chamada pelo autor de “minha música do Zé Ramalho”, pelo espírito bobdylaniano. Seu Sim é parceria de Erasmo com Adriana Calcanhoto. A relação dos dois vem de longa data, e ficou mais próxima quando os dois regravaram em dueto a canção Do Fundo do meu Coração, parceria dele com Roberto Carlos, no álbum É Preciso Saber Viver (1996). Quando começou a trabalhar o repertório do disco novo, Erasmo enviou um de seus 111 poemas para a compositora gaúcha musicar. Vivendo atualmente em Portugal, a cantora estava em temporada carioca quando a música foi gravada e fez uma participação especial na faixa, tocando seu inconfundível violão de náilon. Acareação Existencial tem letra e música escritas por Erasmo Carlos sozinho. É um rock típico da obra do compositor, em que ele dialoga com a própria Vida. Novo Love (New Love), de Tim Maia e Roger Bruno ganhou versão de Erasmo. A canção foi a primeira parceria do Tremendão com Tim Maia, amigo desde a juventude na Tijuca, antes dos dois artistas se profissionalizarem, no começo dos anos 1960. Parceiro de Erasmo em álbuns anteriores, Arnaldo Antunes não poderia ficar de fora de Amor é Isso. Erasmo enviou uma melodia ao violão e rapidamente recebeu de volta a letra de Parece Que Foi Hoje. Não Existe Saudade no Cosmos, de Teago Oliveira foi o primeiro single do álbum, lançado em dezembro do ano passado. A composição do jovem compositor baiano, vocalista da banda Maglore, conquistou Erasmo já na primeira audição. “Ouvi a música e pensei comigo mesmo: o Teago é meu companheiro de imaginação, pois o cosmos que eu imagino é igual ao dele, um lugar onde não existe saudade porque o amor é constante”, diz. Pagar para Viver é a terceira composição só de Erasmo. Trata-se de outro poema musicado dos 111 do livro que virá. É uma cantiga de amor que remete aos trovadores e, mais tarde, aos seresteiros, com letra em segunda pessoa.

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