silvia pfeifer

Na TV Record, atriz vive tipo diferente do usual

É com a mesma seriedade que Silvia imprime na tela através da grande maioria de suas personagens que ela encara a própria profissão

Da TV Press
14/08/2019 às 11:36.
Atualizado em 30/03/2022 às 18:27

A elegância é inerente a Silvia Pfeifer. Dona de um porte esguio e sempre com o tom de voz baixo, a atriz se acostumou a ser escalada para personagens que acompanham o seu “phisique du rôle”. Ao longo da carreira na televisão, tipos como a Isadora de Meu Bem, Meu Mal, a Léia de O Rei do Gado e a Solange de Celebridade – todas da Globo - reforçaram ainda mais essa aura de luxo em seu currículo. Talvez o trabalho como modelo, que começou a exercer na adolescência e preencheu longos anos de sua vida, a tenha ajudado a construir essa imagem. Mas foi na Record que Silvia conseguiu quebrar esse paradigma. Principalmente agora, que interpreta Marinalva, uma mulher humilde em Topíssima. “É uma satisfação enorme fugir daquela figura tão chique e sofisticada que eu sempre tive nas novelas”, avalia. É com a mesma seriedade que Silvia imprime na tela através da grande maioria de suas personagens que ela encara a própria profissão. Dedicada ao extremo, a atriz se preocupa em sempre ser pontual com seus compromissos e aproveita para aprender com todos os colegas no “set”. “Qualquer coisa que for dita é importante pra gente crescer, não ficar parado”, diz. Pensando assim, ela acabou se deixando aventurar pelo universo da confeitaria. Inclusive, chegou a fazer bolo e brownie para vender. “Tem uma amiga minha que abriu um restaurante e eu fazia para ela. Quando preciso dar presente para alguém, eu ponho os brownies em um pote. Mas agora estou sem tempo”, lamenta. TV Press – O que mais chamou sua atenção em relação à sua personagem em Topíssima? Silvia Pfeifer - O fato de ser um desafio e uma satisfação enorme fugir daquela figura tão chique e sofisticada que eu sempre tive nas novelas. Embora algumas poucas personagens não fossem tão sofisticadas assim, como em Perigosas Peruas. É interessante encontrar essa pessoa desprovida de muitas coisas, embora minha personagem não tenha o estereótipo dessa mulher da comunidade do Vidigal. Está sendo muito bom encontrar em cada cena uma maneira de fazer essa mulher simples e batalhadora. Quais características de Marinalva você tem trabalhado mais? Ela é muito agregadora e quer o bem-estar de todo mundo. Fazer isso de uma maneira que o telespectador não ache chato, interpretar aquela mulher que faz o bem o tempo inteiro é um desafio para o ator. Então, estou estudando muito com o preparador e “coach”. Você deixou de pintar os cabelos para fazer a novela. Foi fácil abrir mão da vaidade pela personagem? Eu acho difícil. Mas, ao mesmo tempo, a minha visão de uma atriz é aparecer e aparentar feia, cansada e destruída em cenas que pedem isso. Se alguém está sofrendo, virando noite cuidando de alguém, não vai estar com a cara ótima no dia seguinte. Então, não é crível para mim ver uma mulher completamente maquiada, tanto que eu só uso correções. Eu só tiro um pouco as olheiras e praticamente não uso rímel. Eu uso um blush que nem dá para ver, só para não ficar com o rosto todo pálido. Eu acho que o grande barato é aparentar uma outra coisa e não você mesmo o tempo inteiro. Você passou um tempo trabalhando em novelas portuguesas. Como foi a experiência? Eu fiz a novela portuguesa Ouro Verde, na TVI (que está sendo exibida na Band) e ganhamos o Emmy de Melhor Novela Estrangeira no ano passado. A trama terminou em novembro de 2017. Foi uma novela realmente maravilhosa e fiz uma personagem forte e sofrida. Trabalhei com a Zezé Motta lá também. É sempre diferente trabalhar fora, mas também não é. Como assim? É igual porque não tem muito como fugir da receita do bolo. Trabalhar com atores que que têm uma história de TV diferente da sua é agregador.

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