ETERNO VAGABUNDO

Musical sobre Chaplin chega a Paulínia

Sucesso de público em São Paulo e Rio, aclamado musical tem Jarbas Homem de Mello à frente do elenco

Delma Medeiros
10/10/2018 às 19:33.
Atualizado em 06/04/2022 às 16:45

Charlie Chaplin foi um gênio. Nasceu em Londres, conquistou a fama ao se mudar para os Estados Unidos, e viveu na Suécia depois de deixar a América. Sucesso na Broadway, sua história intitulada 'Chaplin, O Musical', ganhou os palcos de São Paulo e Rio de Janeiro, conquistou público e crítica, e agora ganha o Brasil com uma turnê que chega nesta sexta-feira (11) ao Theatro Municipal Paulo Gracindo, em Paulínia. O ator e bailarino Jarbas Homem de Mello é o responsável por dar vida ao icônico personagem. Em entrevista por telefone à reportagem do Caderno C, ele contou que o projeto vem sendo acalentado desde 2012, quando ele e Claudia Raia ainda apresentavam 'Cabaret'. “Na época, o Sandro Chaim, sócio da Claudia, adquiriu os direitos do texto e a convidou para fazer a coprodução. Nós dois adoramos a ideia, vimos filmes de Chaplin desde a adolescência, somos apaixonados por ele. Aceitamos o desafio. Mas, em 2015 a situação do país piorou e suspendemos temporariamente o projeto que foi retomado este ano”, conta Jarbas, que interpreta Chaplin dos 13 aos 82 anos. “O desafio aqui é conseguir fazer essa curva dramática porque é a história de um homem contada com diversos timbres de voz e gestuais, com a coluna mais ereta, com a coluna mais curvada. É muito interessante para um ator encarar todas essas fases: o trabalho de corpo, voz, ritmo é muito meticuloso. A tarefa é conseguir fazer isso de uma maneira verdadeira e crível para que o público embarque nessa história comigo”, diz o ator. “À medida que ele vai envelhecendo, o corpo, a voz vão mudando. Adoro fazer essa jornada, mas é bem exaustiva”, diz Jarbas. Na infância, Chaplin é vivido por um ator mirim de 7 anos. “A partir da adolescência dele, não saio mais de cena”, diz o ator. “Mas é muito gratificante. O espetáculo fala de uma história que precisa ser lembrada. Chaplin foi um gênio: autor, escritor, roteirista, acrobata, patinador, violinista. De família muito pobre, aos 21 anos era o homem mais famoso de Hollywood. Aos 50, foi exilado por suspeita de ser do partido comunista. O espetáculo conta essa história de redenção, que diverte e emociona. Chaplin dizia que “um bom filme faz rir e chorar ao mesmo tempo”. Esta é também a proposta do espetáculo. As pessoas saem do teatro diferentes de como entraram.” Jarbas conta que, como sabia que faria o papel, começou sua preparação seis meses antes. “Assisti aos 85 filmes dele – entre longas, curtas, documentário, mudos – foi um mergulho profundo na biografia dele. Queria descobrir a gestualidade. Para isso, fiz aulas de circo, patinação e violino, tanto que, quando começaram os ensaios o personagem já estava pronto”, afirma. A montagem conta com elenco de peso. Juan Alba dá vida a Sidney Chaplin, irmão e grande amigo de Chaplin; Paulo Gourlat Filho interpreta Mack Sennett, fundador dos estúdios Keystone e responsável pela estreia de Chaplin no cinema; Myra Ruiz é Oona O’Neil, quarta e última esposa do personagem-título; Naíma interpreta Hannah, mãe de Chaplin e talentosa cantora de teatro; e Helga Nemeczyk vive a colunista e crítica ferrenha Hedda Hooper. Claudia Raia, novamente atua nos bastidores com seu expertise em musicais. Ao lado de Sandro Chaim, ela produz a versão brasileira, que ganhou o Prêmio Cenym como Melhor Musical e o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Cenografia. Na mesma premiação, foi indicado a Melhor Musical, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Direção, Melhor Figurino, Melhor Versão e Melhor Musical por Voto Popular. Jarbas ainda ganhou o Prêmio QUEM de Melhor Ator de Teatro. “Muita gente perguntava quando Chaplin ia ganhar uma turnê neste novo momento. Então, ouvimos esse pedido e vamos fazer isso acontecer em outubro. A cada final de semana, uma cidade diferente recebe o espetáculo”, diz Claudia. O texto original é de Christopher Curtis e Thomas Meehan. A versão brasileira é assinada por Miguel Falabella e apresenta a trajetória de Charlie Chaplin desde sua infância pobre, em Londres, até o estrelato. A coreografia é do campineiro Alonso Barros. A turnê já passou pelo Rio e daqui segue para Belo Horizonte e Porto Alegre. AGENDE-SE O que: 'Chaplin, o Musical' Quando: nesta sexta (12), às 21h; sábado (13), às 17h e 21h Onde: Theatro Municipal Paulo Gracindo (Rua Prefeito José Lozano Araújo, 1.551, Parque Brasil 500, Paulínia, fone: 3933-2140) Quanto: R$ 75,00 a R$ 160,00 (vendas pela bilheteria do teatro, sem taxa de conveniência, e pela Internet, no site www.ingressorapido.com.br)  

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