ADEUS

Música brasileira perde Doris Monteiro e Leny Andrade

As duas cantoras que fizeram história morreram na segunda-feira: Doris, aos 88 anos, e Leny aos 80 anos

Da Redação/ cadernoc@rac.com.br
25/07/2023 às 09:07.
Atualizado em 25/07/2023 às 09:07

Doris Monteiro e Leny Andrade: as duas artistas serão veladas nesta terça-feira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Divulgação)

Depois de uma semana de despedidas dolorosas na música com João Donato e Tony Bennett, eis que o Brasil dá adeus a duas cantoras importantes na sua história. Doris Monteiro, uma das precursoras da bossa nova, morreu aos 88 anos, enquanto Leny Andrade, que deu voz a um jazz brasileiro, morreu aos 80 anos. As duas mortes aconteceram nesta segunda-feira, 24. O velório de ambas acontece nesta terça no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público: o de Doris, das 9h às 13h, e o de Leny das 10h às 13h, e depois no Memorial do Carmo, no Caju, das 14h às 16h.

Doris Monteiro morreu em sua casa no Rio de Janeiro de causas naturais, de acordo com publicação nas suas redes sociais. Nascida em 1934, a cantora começou a fazer sucesso aos 16 anos e gravou algumas músicas célebres: "Se Você se Importasse", "Samba de Verão" e "Sambou Sambou". Esta última, uma composição de João Donato, que morreu exatamente uma semana atrás. A artista ajudou a fundar uma fase da música brasileira que trouxe inovações rítmicas levadas por músicos como João Gilberto, João Donato, Tom Jobim e Johnny Alf. Em 2021 ela celebrou 70 anos de carreira e até o fim do ano passado ainda se apresentava nos palcos. 

Já Leny Andrade estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, também no Rio de Janeiro. A artista se recuperava de uma pneumonia que vinha desde junho, mas o seu quadro se agravou e ela não resistiu. Ela morava no Retiro dos Artistas desde 2019. "A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno. Leny faleceu nessa manhã, cercada de muito amor", dizia mensagem em suas redes sociais. A cantora lançou seu primeiro LP, "A sensação", em 1961 - foram 34 álbuns ao longo da carreira. Chegou a interpretar canções de Antonio Carlos Jobim, Djavan, Ivan Lins e Roberto Menescal, era amiga de Tony Bennett - falecido na última sexta-feira - e foi considerada pelo New York Times como "um misto de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald da Bossa Nova".

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