riqueza histórica

Museu do Tesouro Real, em Lisboa, tem peças do Brasil

São mais de mil exemplares guardados numa das maiores caixas-fortes do mundo; expectativa é receber 275 mil visitas anualmente, incluindo brasileiros

Karina Folegatti
18/06/2022 às 18:08.
Atualizado em 18/06/2022 às 18:08
Coroa real de 1817: do Brasil para Portugal (Luísa Oliveira)

Coroa real de 1817: do Brasil para Portugal (Luísa Oliveira)

A grandiosidade e a riqueza histórica surpreendem os visitantes logo na entrada. Assim pode ser explicada a importância do Museu do Tesouro Real, inaugurado no dia 1º de junho em Lisboa, capital de Portugal. A nova atração turística, situada na ala poente do Palácio Nacional da Ajuda, pretende atrair cerca de 275 mil visitantes por ano, sendo pelo menos 60% estrangeiros.

Estão expostas, permanentemente, joias raras e valiosas da Coroa e as peças de ourivesaria real portuguesa. São mais de mil itens organizados pela primeira vez em um único local, sendo que alguns são oriundos do Brasil, do período da colonização.

A exposição está dividida em 11 núcleos, de acordo com a origem e o percurso das peças que as compõem. O primeiro núcleo, intitulado "Ouro e diamantes do Brasil", apresenta ao público uma pepita de ouro com mais de 20 quilos, que a imprensa portuguesa cita como a segunda maior do mundo. Segundo o site oficial do Museu, a pepita foi encontrada em Goiás no século XVIII. Outra peça é o diamante bruto, de cor acastanhada, com 135 quilates, encontrado no mesmo século em Minas Gerais. O manto real usado na aclamação de Dom Pedro I, no Rio de Janeiro, também está em exposição, assim como o cetro e a coroa real, datados de 1817. Outra riqueza brasileira é a placa de Ordem Militar de Nossa Senhora de Conceição de Vila Viçosa, de 1818. No núcleo de viagens do tesouro real também se encontra um estojo da coroa real feito em pau-brasil, metal e seda, acervo do Rio de Janeiro, datado de 1817. 

O espólio do Museu do Tesouro Real está instalado numa das maiores caixas-fortes do mundo, com três pisos, munida com sofisticados equipamentos de segurança e videovigilância. O valor das peças, algumas de mais de 1 milhão de euros, impôs medidas especiais de segurança. O acesso se dá por duas portas blindadas de cinco toneladas cada. A coleção é protegida por vitrines à prova de balas.

Em seu discurso no dia da inauguração, o diretor da Direção Geral do Património Cultural de Portugal, João Carlos dos Santos, destacou que o local resgata a história de Portugal e consequentemente do Brasil. O projeto custou 31,4 milhões de euros. 

Para fazer uma visita virtual, basta acessar o link do site do governo ou no site oficial do Museu. Já para quem pretende fazer a visita presencial, a entrada custa 10 euros. 

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