Temporada do Teatro Municipal de São Paulo começa em março, com 'Il Trovatore', de Giuseppe Verdi.
O maestro John Neschling anunciou a temporada de óperas do Teatro Municipal de São Paulo para 2014. Serão oito títulos e a programação começa em março, com' Il Trovatore', de Giuseppe Verdi. Segundo o maestro, a temporada mantém a intenção de ter no teatro uma agenda de títulos de diversas nacionalidades e fases. A ausência principal é 'Siegfried', que completaria o projeto atualmente em curso no teatro de montagem da tetralogia 'O Anel do Nibelungo', de Richard Wagner. “Não abandonamos o projeto do 'Anel' aqui no Municipal, ele será completado”, diz Neschling. “Mas como diretor artístico, me pareceu importante nesse momento me dedicar a outros títulos dentro do repertório alemão.”
Neschling se refere a 'Salomé', de Richard Strauss, que será regida por ele e terá direção cênica da brasileira Lívia Sabag. Para 2015, fala na possibilidade de produzir outro Wagner: 'Tristão e Isolda'. “É um sonho antigo fazer 'Tristão', há tantas décadas longe do Municipal, mas isso ainda está em negociações.” As outras óperas do ano serão: 'Falstaff', de Verdi; a dobradinha 'Cavalleria Rusticana', de Mascagni, e 'I Pagliacci', de Leoncavalo (ambas regidas por Ira Levin, que fará seu retorno ao Municipal depois de deixar a direção da casa, em 2004); 'Tosca' e 'La Bohème', de Puccini; 'Cosi Fan Tutte', de Mozart; 'Carmen', de Bizet. Para os próximos anos, ele fala de uma ópera inédita de Francis Hime e obras de Mozart e de Puccini, como 'Manon Lescaut', e a 'Fosca', de Carlos Gomes.
“O objetivo é criar uma história de produções para o Municipal e formar um novo público. O teatro precisa ter montagens próprias do grande repertório, como 'Aida', que vamos fazer este ano, ou 'Tosca'. No fim de 2013, por exemplo, teremos 'Bohème' e ela voltará no ano que vem, com elenco todo nacional. É dessa rotina de produção que precisa o Municipal”, disse o maestro, que anunciou mudanças na central de produção da casa que, hoje, segundo ele, não consegue comportar adequadamente as montagens realizadas. “Precisamos de um galpão maior que possa armazenar o material dessa nossa 'Aida', por exemplo, enquanto a central de produção no Pari ficará com as produções que serão repetidas imediatamente, como 'Bohème'.” Segundo o diretor executivo da Fundação Teatro Municipal, José Luiz Herencia, são mantidas conversas com o governo federal para viabilizar uma nova central.