MEMÓRIA

Livro retrata o jornalismo regional do Estado de São Paulo

Obra escrita pelas jornalistas Paula Melani Rocha e Gabriella Zauith lançam nesta segunda-feira (27), no Empório do Nono, em Barão Geraldo

Agência Anhanguera de Notícias
27/04/2015 às 17:01.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:21
Capa do livro 'Jornalismo e Modo de Produção: as Transformações dos Impressos no Nordeste do Estado de São Paulo' ( Divulgação)

Capa do livro 'Jornalismo e Modo de Produção: as Transformações dos Impressos no Nordeste do Estado de São Paulo' ( Divulgação)

As jornalistas Paula Melani Rocha e Gabriella Zauith lançam nesta segunda-feira (27), no Empório do Nono, em Barão Geraldo, o livro 'Jornalismo e Modo de Produção: as Transformações dos Impressos no Nordeste do Estado de São Paulo' (Editora da Unicamp, 136 páginas, R$ 28,00). A obra é fruto de pesquisa feita em parceria com o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo/Unicamp (Labjor), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp). O livro percorre a história do jornalismo impresso na região de Ribeirão Preto, desde 1884 até 2010, em uma extensa pesquisa sobre as principais fases do jornalismo regional e suas transições. Com o objetivo de abordar a evolução da profissão no Nordeste do Estado, foi feito um mapeamento dos jornais da chamada Região Administrativa de Ribeirão Preto. O projeto levou cinco anos para ser concluído e contou com a supervisão do professor Carlos Vogt, ex-reitor da Unicamp, e analisou o jornalismo regional baseado em três ciclos culturais: o ciclo do café (1884-1929), da cana-de-açúcar (1930-1980) e da indústria sucroalcooleira (1990-2009). Para tanto, foram feitas pesquisas na Fundação Biblioteca Nacional, no Arquivo Histórico de Ribeirão Preto e nos arquivos históricos das cidades da região. A publicação mostra que as transições entre um período e outro são definidas basicamente pela política e economia local. Como exemplo, a autora Paula Melina cita a transição do ciclo do café para a cana-de-açúcar. “No ciclo do café, os jornais eram mais artesanais, eram feitos por no máximo três pessoas. Com a chegada de Getúlio Vargas e a queda de Washington Luis (ciclo da cana-de-açúcar), os interesses econômicos dos jornais mudam. Começam a surgir redações maiores e a exploração do jornalismo de apuração”, conta. "Já no último período acontece a entrada do curso de jornalismo nas universidades, no final da década de 70. Com isso, os jornais pequenos diminuem e as empresas de comunicação começam a crescer e a agregar outros veículos.” Para as autoras, o livro, além de mudar o foco dos grandes centros para o Interior, tem a intenção de disseminar o contexto do jornalismo regional e abrir espaço para novas discussões sobre o assunto.Quem são Paula Melani Rocha é jornalista e socióloga. Tem pós-doutorado em Jornalismo pela Universidade Fernando Pessoa (Portugal) e é docente nos cursos de mestrado e de graduação em Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Já Gabriella Zauith é Jornalista e pedagoga. Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), atualmente, é docente no curso de Jornalismo no Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto. AGENDE-SE O quê: Lançamento do livro 'Jornalismo e Modo de Produção: as Transformações dos Impressos no Nordeste do Estado de São Paulo' Quando: nesta segunda-feira (27), às 18h Onde: no Empório do Nono (Av. Albino José Barbosa de Oliveira, 1.128, Barão Geraldo, Campinas, fone: 3289-0041) Quanto: entrada franca

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