"Lightyear" acompanha o herói fictício que inspirou o boneco Buzz Lightyear (Divulgação)
Chega hoje aos cinemas de Campinas a esperada nova animação da Pixar/Disney, estúdio que formou uma legião de fãs, crianças e adultos, graças à qualidade dos seus filmes e a grande possibilidade que eles têm de emocionar e divertir a audiência. A estreia da vez é "Lightyear", que acompanha o herói fictício que inspirou o boneco Buzz Lightyear em longa derivado da série "Toy Story".
Confusão sobre o personagem
Quando foi anunciado, houve muita confusão para entender sobre o que seria essa história e qual é a relação dela com "Toy Story" e os personagens queridos da série de animação que começou em 1995 e já tem dois Oscars. Os responsáveis pela produção precisaram esclarecer porque o ator Chris Evans e não o comediante Tim Allen faria a voz do protagonista: a resposta é que não é o Buzz que conhecemos. Em "Toy Story", o boneco existe porque é inspirado em um personagem do filme favorito de Andy, o garoto dono dos brinquedos. Para o diretor de "Lightyear", Angus MacLane, é como se ele fosse "o Star Wars do universo de Andy".
Portanto, o que vemos é um filme cuja história - nunca vista - existe dentro de um filme que conhecemos muito bem. Agora é a hora de descobrir o "favorito de Andy" e porque o menino gosta tanto do personagem. Nele, o patrulheiro espacial Buzz Lightyear tenta salvar toda uma colônia humana após sua atitude arrogante levar à queda da nave espacial em um planeta hostil. Ao seu lado estarão um grupo de recrutas ambiciosos e um gato robô chamado Sox.
Dublagem brasileira
Se no original Chris Evans, estrela dos filmes da Marvel com o personagem do Capitão América, foi o escolhido para dar vida ao protagonista através da sua voz, no Brasil a missão caiu nas mãos de Marcos Mion. A tarefa não era nada simples, uma vez que a dublagem de Buzz Lightyear, o brinquedo, e da sua famosa frase "Ao infinito e além" eram responsabilidade do icônico dublador Guilherme Briggs e Mion sabia que poderia receber críticas dos fãs nostálgicos. As próprias ações de marketing do filme tomaram o cuidado de mostrar Briggs passando o bastão para o apresentador.
Em entrevistas, Mion revelou que recebeu bastante apoio de Guilherme e que o próprio texto do roteiro exigia a criação de um personagem diferente. Para isso, ele deixou de lado as referências características atreladas a sua própria pessoa. "Não tem nada do Mion no personagem. Não vai ter o 'Woodyzera', não vai ter o 'Buzz Lightola', nada", brincou. Portanto, sem "mionzices" e "mionzeiras", o novo dublador partiu para criar uma entonação única e de acordo com a exigência do papel. Este não é o primeiro trabalho de dublagem do apresentador em um filme da Disney: ele já emprestou a voz ao personagem Fred em "Operação Big Hero", de 2014.
Vetado em 14 países
"Lightyear" foi vetado nos cinemas de em 14 países do Oriente Médio e da Ásia, incluindo a China, o maior mercado de cinema do mundo, por mostrar um breve beijo de duas personagens homossexuais. A homossexualidade ainda é considerada um crime em muitos países do Oriente Médio. Para ser exibida para o público chinês, o país pediu cortes no filme e a Disney se recusou a fazê-los. "É difícil não ficar um pouco frustrado por ter que ser um tópico de discussão. [...]Olha, é uma honra fazer parte de algo que está dando esses passos, mas o objetivo é olhar para trás e ficar chocado por termos demorado tanto para chegar lá", declarou Chris Evans, ao comentar a cena do beijo à revista Variety.
Animação para as férias de julho
Além de "Lightyear", outras produções infantis chegam às telonas nas próximas semanas, aproveitando o período de férias das crianças.
Confira quais são:
30/06 - Minions 2: A Ascensão de Gru
14/07 - O Lendário Cão Guerreiro
21/07 - Pluft: O Fantasminha
28/07 - Liga dos Superpets
