famoso maestro

Júlio Medaglia é eleito para Academia Brasileira de Música

Maestro, arranjador e compositor ocupará a cadeira que foi de Régis Duprat

Da Redação do Correio Popular
25/05/2022 às 10:06.
Atualizado em 25/05/2022 às 10:06
O maestro Júlio Medaglia ocupará a cadeira de nº 10 da Academia Brasileira de Música (Divulgação)

O maestro Júlio Medaglia ocupará a cadeira de nº 10 da Academia Brasileira de Música (Divulgação)

O maestro Júlio Medaglia, de 84 anos, acaba de ser eleito para a Academia Brasileira de Música. Ele ocupará a cadeira nº 10, que teve como último titular o músico, musicólogo, filósofo e professor Régis Duprat.

Medaglia é natural de São Paulo, formado em regência sinfônica pela Meister-klasse da Escola Superior de Música da Universidade de Freiburg, na Alemanha, e fez curso de alta interpretação sinfônica com Sir John Barbirolli, de quem foi assistente. Viveu na Alemanha por mais de 10 anos, atuando também na rádio e na TV e regendo algumas das mais importantes orquestras, inclusive na Filarmônica de Berlim.

Além de sua atividade como maestro no Brasil e no exterior, ele compôs mais de uma centena de trilhas sonoras para teatro, cinema e televisão. Uma seleção de músicas de suas trilhas foi gravada pelo conjunto de sopros da Filarmônica de Berlim (BIS 952), além de arranjos gravados pelos 12 violoncelos dessa Filarmônica (EMI). É o autor do arranjo original da música "Tropicália", de Caetano Veloso e do hino oficial da Universidade de São Paulo (USP) com o poeta Paulo Bomfim.

Medaglia já ocupou cargos em diferentes instituições ligadas à música no Brasil, entre eles está o de diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal, diretor artístico de Teatro Municipal do Rio de Janeiro e diretor do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Ele regeu e gravou em vídeo e CD a apresentação da ópera "O Guarany"com 200 artistas da Ópera Nacional da Bulgária em homenagem ao centenário de falecimento de Carlos Gomes. Além de membro da Academia Nacional de Música, foi eleito por unanimidade para a Academia Paulista de Letras, onde ocupa a cadeira de nº 3, que pertenceu a Mário de Andrade.

O famoso maestro já se apresentou em Campinas em algumas ocasiões e teve seu nome lançado por um grupo de intelectuais da cidade, no começo de 2022, para que pudesse ser considerado como candidato a regente da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, quando o cargo estava vago.

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