Elvis Presley é eternizado nas performaces de João Batista Pedroso, artista tributo campineiro (Divulgação)
Fã de Elvis Presley desde a infância, João Batista Pedroso se revelou artisticamente de maneira bastante informal. No casamento de uma sobrinha, lá no final de 1999, confeccionou uma roupa igual ao do ídolo e se apresentou na festa, substituindo a valsa dos noivos pela canção "Love Me Tender". Com porte físico e cabelo semelhantes, voz grave e costeletas largas, ele foi o sucesso da festa e recebeu muitos incentivos. A partir daí, decidiu investir na carreira de artista tributo como Johnn Elvis e hoje atua credenciado oficialmente no "Elvis Tribute Contest" e já figurou entre os dez melhores da América Latina.
Nesta quinta-feira, no lançamento do filme "Elvis", ele recepcionará os fãs na entrada de um dos cinemas da cidade, com um dos seus muitos jumpsuits (cópia fiel dos macacões que Presley usava em seus shows). "Não é cover, é artista de tributo", ele corrige logo no início da entrevista. E explica que "cover é imitação de artista ainda vivo, enquanto artista de tributo é aquele que interpreta de maneira oficial um cantor que já não está no mesmo plano que nós". E é assim que ele atua - de maneira performática - em eventos, teatros e shows em várias capitais do País, em bares da região e ainda participa de festivais internacionais. Sempre acompanhado pela banda Memphis Tennessee.
Seus shows têm cerca de 1h30 de duração porque além de cantar ele também conta as histórias de cada composição, que sempre são relacionadas à vida do artista original. "Sempre o admirei pela simplicidade e pureza", afirma. Nos shows, além das músicas mais conhecidas e sempre solicitadas pelos fãs, Johnn Elvis interpreta também as que ele chama de Lado B, ou seja, as músicas de louvor que tiveram bastante importância na trajetória de Presley. Ele, com timbre de voz idêntico ao do cantor, e sua banda atuam com o rock clássico e pop mundial.
Com 57 anos, o artista que nasceu em Rio Claro e está em Campinas há 31 anos, é reconhecido como Elvis pelas ruas e recebe cumprimentos de pessoas de diferentes gerações, graças à estatura física de 1,81m e ao cabelo e costeletas cuidadosamente moldados pelo cabelereiro Beto Leal há quase 30 anos. Assim como o ídolo, é militar de reserva e atua na área de comunicação (radialista, apresentador de TV e professor de locução). Mas estudar a vida de Elvis é o que ocupa a maior parte de seu tempo, "com prazer", revela. Coleciona álbuns de fotos, livros, CDs e cerca de 40 DVDs de filmes que assiste com frequência para aperfeiçoar cada vez mais as posturas e detalhes de atuação.
O rei do rock em filme
A cinebiografia de Elvis Presley chega aos cinemas brasileiros nesta quinta, 14, com distribuição da Warner Bros. Pictures. Dirigido pelo cineasta Baz Luhrmann, o drama é estrelado por Austin Butler (no papel de Elvis) e Tom Hanks (que interpreta o coronel Tom Parker, o empresário do cantor).
O filme aborda a vida e a música de Elvis Presley sob a ótica da tumultuada relação do artista com seu empresário. No centro desse relato está Priscilla Presley (interpretada por Olivia DeJonge), uma das pessoas mais importantes e influentes na vida do cantor.
A história mergulha na dinâmica complexa da parceria de duas décadas entre Elvis e o controlador Parker, e acompanha a trajetória do músico desde sua juventude, a ascensão à fama e a morte trágica aos 42 anos. O pano de fundo entre o auge e a queda é a evolução dos aspectos culturais dos Estados Unidos e a perda da inocência do cantor ao longo da carreira. O cantor americano, que morreu em 16 de agosto de 1977, foi um dos criadores do "rockabilly", uma fusão de música country e rock'n' roll.
