crônicas bairristas

Icônico LP de Aldir Blanc e Maurício Tapajós

O emblemático LP duplo que leva os nomes de Aldir Blanc e Maurício Tapajós, lançado em 1984, ganha inédita adaptação visual para série de ficção

Da Agência Anhanguera
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05/06/2020 às 15:02.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:15

O emblemático LP duplo que leva os nomes de Aldir Blanc e Maurício Tapajós, lançado em 1984, ganha inédita adaptação visual para série de ficção. Criada e dirigida por Frederico Cardoso com os atores Guida Vianna e Lionel Fischer no elenco, entre outros, Imagem Vinil personifica crônicas bairristas extraídas das 20 composições autorais do disco. O seriado começou a ser exibido em rede nacional no dia 4 de junho, e prossegue todas as quintas-feiras, às 21h, na TV por assinatura Prime Box Brazil. O teaser da obra traz depoimento exclusivo de Aldir sobre bastidores de criação do álbum e como o disco nasceu. “O Maurício estava com o Aquiles (Reis) do MPB4, no bar Clipper, no Leblon, que tinha um balcão em ferradura. O Maurício notou que o barman enchia uma caneta de chopp, ela sumia e voltava vazia, toda hora. E achou que tinha um fantasma. Comentou com um frequentador que disse: “não, é o anão, ele é menor que o balcão por isso a caneca some. É o cara que manda nas verbas culturais da Petrobras, nos projetos artísticos”. Maurício deu a volta na ferradura e foi falar com o cara que disse: “manda o projeto que aprovamos logo”. E assim o disco saiu”, conta Aldir, do seu jeito descontraído. A narrativa cômica dramática da série, capta galeria de situações que desvendam o bairro da Tjiuca, na zona norte do Rio de Janeiro. “Um bairro intenso, frequentado por juventude frenética e morada de idosos conservadores, que não fogem de comemorações e de botecos”, contextualiza Frederico Cardoso, nascido e residente do local há 48 anos. Embora amparado pela licença dramática, o roteiro de onze episódios independentes não distorce a criação dos letristas. “Há, no entanto, interpretações minhas e dos atores, haja vista que a riqueza de detalhes das composições dá margem a diferentes compreensões”, ressalva Cardoso. Maurício (interpretado por Roberto Rodrigues) conota o sentimentalismo das faixas Perder um Amigo e O Bonde no episódio inicial, Saudades, apresentado ontem. As mazelas de Querelas do Brasil e Entre o Torresmo e a Moela são denunciadas no segundo episódio, Pimenta, na quinta, 11. O aposentado (Fischer) debocha de jovens militantes presos no interior do Bar do Chico, enquanto a violência policial toma as ruas próximas. Tachado de conservador, Pimenta desperta o interesse dos garotos ao compartilhar sua história de resistência. De volta ao seu apartamento, sob a companhia de sua solitária esposa Betina (Guida Vianna), descobre-se que ele é um ex-militar infiltrado em movimentos estudantis que entregava “comunistas” ao governo, coisa que adorava fazer. Valquíria (Vitória Rangel), destemida estudante da classe média alta de apenas 10 anos, é o quarto episódio, baseado em canção homônima mais Valsa do Maracanã. Ela costuma registrar em seu diário a paixão por cavalos, enquanto observa alguns desses animais na Praça Xavier de Brito, já que é proibida de montar neles pelos pais (Felipe Garcia e Waleska Arêas). Até que de uma atividade escolar sobre poluição do Rio Maracanã, a garota consegue cavalgar por locais próximos, como Praça da Bandeira e Avenida Brasil. O realismo estético também norteou a fotografia da obra, dirigida por Cristiano Moraes. Captação de luz natural nas cenas e filmagens externas sem interferências na rotina local foram alguns recursos utilizados. O Bar da Dona Maria, boteco na Rua Garibaldi onde Aldir e Maurício se reuniram com parceiros para compor, foi um dos cenários escolhidos, que se junta ao Estádio do Maracanã, ruas e comércios. O elenco principal também é formado pelos atores Marcello Melo, Maria Clara Guim, Christian Santos, Anderson Quack, Flávio Bauraqui e Arlindo Paixão (Mongol). A faixa Querelas do Brasil é o tema da trilha sonora de abertura dos episódios, que trazem animações de Leandro Ferra. Imagem Vinil é produzida por Cinema Petisco, Cidadela e Pé de Moleque Filmes. “Ouvia o disco na adolescência por conta do meu pai, na década de 80, e isso me deu vivência musical. Escutando-o repetidas vezes, entendi as letras pelo pensamento visual. Quando decidi filmá-lo, o desafio foi transpor não só as faixas, mas poesias e pinturas do LP, que parece um livro. Vejo nitidamente nos episódios a realidade paralela e atemporal que Aldir e Maurício criaram”, esclarece Frederico Cardoso sobre a idealização do projeto. AGENDE-SE O quê: Imagem Vinil – crônicas bairristas sobre as músicas do LP Aldir Blanc e Maurício Tapajós Quando: Quintas, às 21h, até 6/8. Reprises, 6ªs às 10h; e 2ªs às 10h30 Onde: Canal de TV por assinatura Prime Box Brazil

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