A atriz Sydney Sweeney é protagonista e produtora de ‘Imaculada’, terror que estreia nos cinemas; biografia romântica de Sidney Magal também entra hoje em cartaz
(Divulgação)
Já faz um tempo que a atriz Sydney Sweeney chama a atenção do público e da crítica especializada. Há anos, destaca-se por sua atuação nas séries “Euphoria” e “The White Lotus” e, mais recentemente nos cinemas, protagonizou a comédia romântica “Todos Menos Você”, sucesso de bilheterias. Com apenas 26 anos, a artista demonstra bastante personalidade ao escolher projetos inusitados e diversos (é história de super-herói, comédia, drama, suspense – ela faz tudo), como é o caso da grande estreia de hoje nos cinemas, o terror “Imaculada”.
Sydney não só é a protagonista do filme, mas sua produtora. Em entrevistas, ela explicou que leu o roteiro de Andrew Lobel para “Imaculada” há 10 anos, quando fez uma audição para a personagem principal. Passada uma década, e ainda com a história em mente, a atriz descobriu que o longa nunca havia saído do papel e decidiu entrar na produção para que o projeto acontecesse. “Como mulher, sinto que tenho de criar oportunidades para mim mesma”, conta ela à revista Variety.
O filme acompanha uma jovem freira que se muda para um convento isolado em uma zona rural da Itália e, em pouco tempo, percebe situações estranhas ali. Ela se descobre grávida, mesmo sendo virgem, e tudo ao seu redor passa a ficar mais sombrio com as bizarras reações dos moradores do local. Com essa premissa, claro que “Imaculada” tem provocado críticas acaloradas de grupos religiosos. No lugar de se abalar, espertamente o estúdio da Neon (que está por trás do projeto) tem utilizado os comentários reclamando da obra – chamando-a de “profana”, “blasfema”, “satânica” e “feminista” – para promovê-la nos pôsteres. Tem dado certo, pois a produção tem feito uma boa bilheteria nos EUA e ganhou uma excelente distribuição no Brasil, chegando a muitas salas no País.
O CORREIO JÁ VIU
A despeito do que “Imaculada” sugere nos materiais promocionais e na sinopse, ele é bem inofensivo em relação às críticas à igreja. O “nunsploitation”, subgênero que teve seu auge nos anos 1970 e que explora a figura da freira sob o ponto de vista do sexo ou da violência, costuma trazer no seu âmago muitas críticas a uma opressão religiosa, repressão sexual e a como tudo isso vai impactando a sanidade de uma mulher dentro de um ambiente autoritário. O filme que chega hoje aos cinemas, definitivamente, se insere no subgênero, entende as possibilidades de sua narrativa, mas nunca as explora.
Cecília (Sydney Sweeney) tem um trauma de uma situação que quase a matou na infância que a impele na vida religiosa, mas a protagonista nunca é desenvolvida em seus anseios, medos ou na fé. Portanto, quando tudo isso é colocado em prova, não há muitos conflitos ou até empatia por ela. O mesmo vale para todos os outros personagens. Álvaro Morte (o Professor, de “La Casa de Papel”) é o único com mais tempo de tela, mas apresenta uma performance caricata e sem carisma. A direção de Michael Mohan tenta criar um impacto visual contrapondo elementos religiosos dentro do contexto do horror e do gore (cenas muito violentas, com bastante sangue), mas somado ao fraco roteiro, cria um resultado um tanto vazio.
No entanto, é preciso reconhecer que Sydney Sweeney é mesmo uma sensação e o filme tem sorte de tê-la aqui segurando a imersão durante a curta duração de 1h29, até a dramática sequência final. A atriz se entrega ao papel e parece querer assumir o título de nova Scream Queen (a rainha do grito) do cinema de terror. Fez por merecer aqui. Se “Imaculada” consegue se destacar em alguns momentos, certamente é por causa da atuação de Sydney – e possivelmente, por decisões que tomou como produtora.
Magal em cinema musical e romântico
Outro Sidney se destaca nas estreias de hoje no cinema. Em “Meu Sangue Ferve Por Você” acompanhamos uma comédia romântica musical que traz a história de amor entre Sidney Magal (Filipe Bragança), um astro em ascensão no final dos anos de 1970, e seu grande amor, Magali West (Giovana Cordeiro). Segundo o diretor Paulo Machline (indicado ao Oscar por seu curta-metragem “Uma História de Futebol”), a produção pretende apresentar o artista brasileiro para as novas gerações.
Desde o início, quando começamos as conversas com o Magal, falamos sobre isso. E a imagem para estabelecermos esse diálogo passa pelas escolhas de roteiro, do elenco, do repertório musical, dos arranjos, coreografias, enfim, a linguagem do filme”, explica o cineasta. Ao mesmo tempo, ele deixa claro que os fãs do cantor vão poder acompanhar no longa um “período glorioso de sua carreira. Tem Magal pra todo mundo nesse filme.”
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram.