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'Guerra Infinita' e a falta de esperança

Se havia um desafio em Guerra Infinita era justamente essa disposição da Marvel de celebrar os dez anos de seu estúdio agregando diferentes histórias

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
26/04/2018 às 12:11.
Atualizado em 28/04/2022 às 06:52
'Guerra Infinita' e a falta de esperança (Divulgação)

'Guerra Infinita' e a falta de esperança (Divulgação)

Depois do empoderamento da Mulher-Maravilha no ano passado, Pantera Negra prosseguiu estabelecendo novos patamares para o faturamento dos filmes de super-heróis. Assim como as mulheres, os negros esperavam um herói para chamar de seu. Hollywood só tem a celebrar. A Marvel que o diga. Vingadores - Guerra Infinita, que toma de assalto mais de 1.800 salas do Brasil, retorna a Wakanda para a batalha decisiva contra Thanos no novo longa dos irmãos Anthony e Joe Russo. Se havia um desafio em Guerra Infinita era justamente essa disposição da Marvel de celebrar os dez anos de seu estúdio agregando diferentes histórias com o objetivo de atingir os sentimentos do público. Em Capitão América - Guerra Civil, os Russos já haviam filmado as fissuras entre o Homem de Ferro e o Capitão América, e cada um deles soma uma parte dos heróis. Guerra Infinita começa com o mundo ameaçado por Thanos. Ele está reunindo as joias do universo, o que faz com que seu poder aumente. Nesse quadro em que o Homem de Ferro e o Capitão não se comunicam mais - e em que Bruce Banner parece não contar mais com a força de seu alter ego Hulk -, todo esforço é para reconstruir a união do grupo. Thanos é um destruidor de mundos. Sua solução para a crise - excesso de gente, escassez de alimentos - é promover o extermínio das populações. Para atingir seu objetivo, Thanos é capaz de tudo - até eliminar a única coisa que ama. O tema dessa primeira parte da guerra infinita é a ameaça não só ao grupo, mas ao amor. Tudo vai sendo reduzido a pó, pulverizado. Se existe esperança, ela não se desenha nessa aventura sem fim. O curioso é que, de alguma forma, o filme metaforiza o estado do mundo. Em toda parte há um racha tão grande que cada grupo prefere apostar na destruição. Tolerância zero. Mas vem aí - em 2019 - um novo Vingadores. O show, senão a humanidade, deve continuar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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