teatro

Grupo volta a apresentar 'A Cantora Careca'

Depois da estreia com lotação esgotada no início do mês do Teatro Téspis, o Grupo de Teatro Evolução volta a apresentar a peça A Cantora Careca

Da Agência Anhanguera
15/11/2019 às 12:57.
Atualizado em 30/03/2022 às 10:06

Depois da estreia com lotação esgotada no início do mês do Teatro Téspis, o Grupo de Teatro Evolução volta a apresentar a peça A Cantora Careca, como convidado no 4 º Festival Teatral Histórias para Contar. O espetáculo será apresentado de hoje a domingo, no auditório da Associação Campineira de Imprensa (ACI). O Festival é um evento realizado anualmente pela Contar Produções Artísticas (CPA), com o objetivo de reunir no mesmo espaço, os espetáculos produzidos durante o ano pelas Oficinas de Montagem Teatral (OMT’s) como forma de celebrar a paixão comum pelo teatro.  A Cantora Careca parece, à primeira vista, uma história banal de dois casais, uma empregada e um bombeiro, com diálogos incoerentes. Foi com este tema que a peça, do autor franco-romeno, Eugène Ionesco (1909-1994), marcou a dramaturgia mundial e foi conceituada como a primeira peça do Teatro do Absurdo, na década de 1950. A montagem estreou em fevereiro de 1957 no Théâtre de La Huchette, em Paris, e permanece em cartaz ininterruptamente até os dias atuais. O diretor Jonas Lemos - que montou sua primeira versão do texto em 1977 -, aposta no texto pela sua atualidade. “O texto que se diz absurdo é o real da nossa vida, das nossas emoções, da política. Trata das questões humanas, mostra a dificuldade que temos em nos comunicar”, afirma. Os diálogos usam de uma linguagem que apresenta, a princípio, um desencontro de informações e de emoções, criando mentiras e ilusões. “O perigo das mentiras ditas como verdades absolutas é exatamente o que estamos vivendo, a era da fake news”, lembra Jonas. Com uma formação de dois elencos, que se alternam nas apresentações, a nova montagem também representa para o diretor, amante do Teatro do Absurdo, um desafio de criatividade. “O que é muito instigante, pela dificuldade do texto e por retratar a essência humana. Quem for assistir vai perceber isso”, aponta Jonas. A montagem teve a parceria da Escola de Teatro Téspis, onde foram realizados os estudos, os ensaios e a estreia. O espetáculo tem cenografia de Jésus Seda e maquiagem de Robson Loddo. O Festival Histórias para Contar começou no início do mês e já apresentou os espetáculos Inimigas Íntimas e O Beijo no Asfalto, dirigidas, respectivamente por Amanda Moreira e Ramiro Lopes. Nas próximas semanas serão apresentas, no mesmo local, as peças Palmares e O Bem Amado, ambas adaptadas e dirigidas por Edigar Contar, coordenador da CPA. Os espetáculos têm entrada franca, com contribuição espontânea no ‘chapéu’. AGENDE-SE O quê: Festival Histórias para Contar – A Cantora Careca Quando: Hoje e amanhã, às 21h; domingo, às 17h e 20h Onde: ACI – Associação Campineira de Imprensa (Rua Barreto Leme, 1.479, Centro, ao lado da Prefeitura) Quanto: Contribuição espontânea no chapéu.

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