Os coreanos vêm pela primeira vez ao Brasil com a turnê 'Super Show 5': domingo, no Credicard Hall
Integrantes do grupo de adolescentes coreanos Super Junior (Divulgação)
Eles são jovens, bonitos e encantam as garotas, mesmo que elas não entendam nada do que eles estão falando. O grupo de k-pop Super Junior pode não aparecer na TV ou tocar nas rádios brasileiras, mas deve lotar o Credicard Hall no domingo (21), quando vem pela primeira vez ao País com a turnê "Super Show 5".
Um dos principais nomes da música sul-coreana, a boy band lembra mais um ‘N Sync atualizado do que o cantor Psy, que se transformou na estrela mundial do k-pop com o superhit "Gangnam Style" (lembra da 'dança do cavalo?'). Mas ambos os casos não fogem à fórmula do gênero oriental que se consolidou no fim dos anos 2000: a mistura de música eletrônica, rap, e uma grande dose de pop chiclete. Junte a isso coreografias sincronizadas, palavras em inglês (às vezes erradas) e performances amplamente divulgadas na internet.
Os nove integrantes do Super Junior são mais um dos produtos das fábricas de sucessos do k-pop, de onde saem até 50 novos grupos por ano, que se somam a centenas de artistas já em atividade.
O entretenimento da Coreia do Sul já invadiu massivamente países como Japão e China - a chamada onda coreana, ou Hallyu -, mas ainda não conseguiu se solidificar no Ocidente, em especial nos Estados Unidos. Essa barreira vem sendo quebrada, aos poucos, pela internet, mais especificamente pelo YouTube. "Mr. Simple", a mais famosa canção do Super Junior, tem mais de 60 milhões de visualizações - fora do mundo virtual, é o grupo de k-pop que vendeu mais discos por três anos seguidos. Lançado no sábado, "Gentleman", novo clipe de Psy, quebrou o recorde de visualizações em apenas um dia: foram mais de 20 milhões em 24 horas. E não dá para esquecer de "Gangnam Style", que ainda mantém o posto de vídeo mais assistido do YouTube, com mais de 1 5 bilhão de visualizações. Comparado ao fenômeno, os 100 milhões de hits de "Gee", do supergrupo feminino Girls’ Generation, até parecem pouco. Mas o grande número de acessos às estrelas do k-pop no YouTube vindos dos Estados Unidos rendeu a elas um contrato com a Interscope, selo da Universal.
Esses vídeos também ajudam a divulgar as bandas a partir de suas danças. Essa "viralização" é um elemento importantíssimo do k-pop - basta lembrar, sim, de Psy.
A influência desses artistas, claro, chega na moda. Um bom exemplo é o rapper G-Dragon, ex-integrante do Big Bang, que virou ícone fashion e tem seus cabelos e roupas coloridos copiados. O estilista Jeremy Scott dedicou um dos tênis criados para a Adidas ao grupo feminino 2NE1, cuja integrante CL é sua amiga e musa.
A existência de tantos artistas influentes e lucrativos ganhou escala industrial. As bandas são formadas em empresas de caça-talentos como SM Entertainment, YG Entertainment e JYP Entertainment, que fazem audições com crianças na faixa dos 10 anos e treinam as selecionadas para que virem ídolos da cultura pop coreana, com aulas de canto e dança.
Serviço
Show do grupo Super Junior
Neste domingo (21), às 19h30
No Credicard Hall (Avenida das Nações Unidas, 17.955 - Santo Amaro). Telefone: (11) 2846-6010
Ingressos: de R$ 45,00 a R$ 400,00, à venda no site ticketsforfun.com.br