Após o encerramento, neste domingo, com o show do francês David Guetta, 200 mil pessoas terão passado pela Fazenda Maeda, em Itu
O impressionante palco principal do festival Tomorrowland (Camila Moreira/AAN)
Os números do Festival Tomorrowland são impressionantes. Só para citar alguns, após o encerramento, neste domingo, com o show do francês David Guetta, 200 mil pessoas terão passado pela Fazenda Maeda, em Itu (a 55 quilômetros de Campinas), em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, com 178 DJs no Line Up para sete espaços completamente diferentes entre si. Mas saber tudo isso não dá a dimensão da grandiosidade de ver tudo ao vivo, principalmente o palco principal, uma gigantesca estrutura com ar de fantasia e mistério repleto de enormes telões de LED. E esse é só um ponto da Fazenda Maeda que chama a atenção. Florestas escondendo espaços para descanso, corredores estrategicamente montados para deixar a vista mais romântica e tendas coloridas em colinas completam o charme do maior festival de música eletrônica do mundo, pela primeira vez no Brasil. O badalado time de DJs que vem animando Itu desde sexta-feira (1º) mantém o alto padrão. Mas poucos parecem se importar com quem está no palco. A ideia é se divertir e viver o momento, indiferente do som que vem das assustadoras caixas de som. Até porque, é impossível não se contagiar com o clima de festa ao redor, todos preocupados apenas em se divertir, seja pulando, cantando, gritando ou tirando inúmeras fotos com os amigos. Como o pau de selfie foi liberado no Tomorrowland, para todo lugar que se olha, há alguém pronto para registrar o momento. As irmãs Flávia e Fernanda Abrão, de 20 e 21 anos respectivamente, estavam empolgadíssimas para guardar no celular cada instante do festival. “A gente sempre acompanhou o Tomorrowland pela internet. Assistimos a várias edições em tempo real. Então, é claro que não dava para ficar de fora desta festa. E posso dizer que tudo é muito melhor do que eu esperava”, disse Fernanda. Como as duas são de Sorocaba, cidade vizinha a Itu, os pais foram incumbidos de levar e buscar as meninas em todos os dias do festival. “Que experiência maravilhosa. Tudo é bom, e os caras no palco tocam muito. Acho que é o melhor evento que já fui na vida”, completou Flávia. O argentino Santiago Romero, de 26 anos, veio ao Brasil com 12 amigos conterrâneos exclusivamente por conta do Tomorrowland. “Nunca tive a oportunidade de ir a uma edição na Europa, mas o Brasil é aqui do lado, então é claro que eu ia achar um jeito de vir.” Ele e os amigos se programaram, então, para passar 12 dias por aqui, sendo sete no Rio de Janeiro, dois em São Paulo e os três, claro, em Itu. “A energia é única. Nunca tinha experimentado nada parecido. É como entrar em órbita e viver a alegria plena. O som é incrível, o palco, a decoração. Demais.” Além dos amigos argentinos, era possível identificar, pelas bandeiras que as pessoas carregavam nas costas, que veio gente do México, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela, Grécia e Noruega, entre outros países, prestigiar a edição brasileira do Tomorrowland.Palco principal O palco principal, como era de se esperar, atraía a atenção da grande maioria dos presentes, porém, eram as tendas espalhadas pela Fazenda Maeda que ofereciam a famosa diversidade do Tomorrowland. “Não dá para dizer que tem muvuca porque o clima, mesmo no palco principal, está ótimo. Só que as tendas estão bem mais vazias, o que permite curtir com mais tranquilidade. Dá para se espalhar mais, digamos assim. Sem contar que o som é bem diferente daquele que estamos acostumados a ouvir em balada. Estou adorando”, analisou o estagiário Caio Fonseca de Lima, de 24 anos, enquanto curtia, sozinho, no espaço Paradise.