Filme está batendo recordes de bilheteria e está com uma aprovação de 97% da crítica especializada no site Rotten Tomatoes
“Godzilla Minus One” é a principal estreia nos cinemas (Divulgação)
O rei dos kaijus (termo japonês normalmente utilizado para nomear monstros gigantes) retorna para os cinemas fazendo barulho. “Godzilla Minus One” é o novo filme do imenso lagarto radioativo, uma produção japonesa, mas que está repercutindo muito fora do país de origem. Nos EUA, o longa alcançou um feito histórico ao ser o primeiro filme em língua estrangeira a liderar a bilheteria do país em 19 anos. Ele ainda está com uma aprovação de 97% da crítica especializada no site Rotten Tomatoes, que reúne as análises dos profissionais. Portanto, a obra está causando bastante impacto.
“Godzilla Minus One” é uma produção da Toho Company, a mesma que em 1954 lançou o primeiro filme do lagarto gigante, o “Gojira” ou “Godzilla”, como foi rebatizado. Este foi um marco para o cinema japonês e mundial, não só por apresentar um monstro que ficaria super popular na cultura pop, mas também por usar a fantasia e ficção científica para retratar um Japão pós Segunda Guerra e, principalmente, um país arrasado após as bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Já houve 37 filmes sobre o Godzilla. Ele até mesmo invadiu Nova York na versão norte-americana de 1998, protagonizada por Matthew Broderick. Mas é para este Japão e momento histórico que o novo longa retorna, inclusive com várias referências ao original. Em “Godzilla Minus One”, vemos o país recém-saído da guerra descobrindo o terror dos ataques de uma força monstruosa que vai deixar a nação ainda mais destruída. A produção estreou no “Dia do Godzilla” em território japonês, em 3 de novembro, data em que o longa original estreou.
SUCESSO ARREBATADOR
Os resultados do filme nos EUA levaram a uma resposta emocionada do diretor Takashi Yamazaki em sua conta no Instagram: "Estamos entusiasmados com a tremenda resposta na América do Norte. Tenho lido o feedback dos fãs nas redes sociais e estou muito encorajado pelos comentários apaixonados baseados em uma análise completa do filme. Em alguns cinemas, ouvi até aplausos. Obrigado por receberem calorosamente nosso Godzilla”.
No Japão, o sucesso também foi imenso, onde fez a maior estreia para um longa do monstro, arrecadando US$ 7 milhões em apenas três dias.
O filme, que tem 2h04, parece já abrir caminho para mais uma sequência. “Eu adoraria ver a visão de outro diretor para o Godzilla, mas também quero retornar para dirigir uma sequência de ‘Godzilla Minus One’. Tenho sentimentos muito complicados em relação a isso”, revelou o diretor para a revista GQ Japan. Com tanta repercussão positiva, e levando em consideração a longeva vida do Godzilla nos cinemas, é inevitável imaginar que suas histórias estejam longe de terminar.
MAIS GODZILLA
Quem quer complementar a experiência de “Godzilla Minus One” pode conferir alguns dos outros filmes do monstro que estão disponíveis nos serviços de streaming. “Godzilla” (1954), aquele que começou tudo, pode ser conferido no Looke. O já citado “Godzilla” de 1998 está Netflix, enquanto a outra versão norte-americana de mesmo título de 2014, com Ken Watanabe e Bryan Cranston, está disponível na HBO Max. Mais uma produção da Toho Company, o longa japonês “Shin Godzilla” (2016) se encontra tanto no catálogo da Amazon Prime Video como no da HBO Max.
Para quem busca diversidade de gêneros no cinema, “Godzilla Minus One” não é a única opção de estreia. “Tá Escrito”, comédia nacional estrelada por Larissa Manoela, também chega às telonas. O filme acompanha a protagonista Alice, que começa a usar um caderno astrológico mágico: tudo o que é escrito ali sobre um determinado signo começa a acontecer com as pessoas regidas por ele. Outro destaque nas salas é o novo longa do diretor Taika Waititi (de “Jojo Rabbit” e “Thor: Amor e Trovão”). Baseada em fatos, a comédia dramática mostra a história do terrível time de futebol da Samoa Americana, conhecido por um jogo na Copa do Mundo em 2001 quando perdeu por 31 a 0. Já o terror “A Maldição do Queen Mary” oferece uma trama que explora incidentes misteriosos e violentos que ocorreram em um cruzeiro em 1938 e como essas ocorrências se conectam ao destino de uma família no mesmo transatlântico nos dias atuais.