Geórgia e Armênia, cheias de encantos

Ao procurar um destino para viajar nas férias fora dos roteiros “comuns”, a Geórgia e a Armênia são duas sugestões de primeira: ambos são repletos de cultura e história, mas pouco visitados, principalmente por brasileiros. Azar o nosso: as paisagens naturais encantam, com seus lagos de águas azuis e montanhas até hoje intocadas pelo homem. E como são países pequenos, , agências de viagens geralmente criam pacotes com visitas que incluem os dois numa tacada.   Geórgia Na Geórgia, a língua oficial é o georgiano, uma das mais antigas do mundo, atualmente falada por cerca de 600 mil pessoas ao redor do mundo. Apesar de ter sido importante na rota da seda e exploração de minerais preciosos durante o século XX, o país hoje sobrevive basicamente do turismo, assim como a Armênia. Tbilisi, a capital do país, chama a atenção pelas formas inusitadas com imóveis datados do século IX. Ali fica o Museu ao Ar Livre de Etnografia, que conta um pouco sobre o artesanato georgiano. Há também a igreja Metekhi, construída no século XIII - a Igreja Ortodoxa mais famosa de todo o país, por ter em seu interior a Cruz de Santa Nino. Perto da capital, há o mosteiro David Gareja, que fica dentro de uma caverna no meio do deserto. O lugar era muito importante e visitado nos séculos XII e XIII, e ir até ele se comparava a uma peregrinação até Jerusalém. Outra cidade famosa da Geórgia é a cidade de Telavi, vila conhecida por produzir vinhos há mais de 7 mil anos. E nada de hotel: o costume local é que os visitantes fiquem hospedados em casas de famílias, geralmente produtoras de vinhos. As famílias de Kakhetië produzem, em média, 5 mil litros de vinho para consumo próprio - assim, quem visita o local pode experimentá-lo nas casas onde se hospedarem. Para os que apreciam história e política, a cidade de Gori é uma parada obrigatória - foi lá que nasceu Josef Stalin. O local possui até um museu em homenagem ao ex-ditador comunista e é visitado por muitos georgianos. Armênia O país vizinho da Geórgia conta histórias semelhantes em meio a sua arquitetura. A cidade de Haghpat, por exemplo, tem um mosteiro com bibliotecas e salas de jantar, entre outras acomodações. O complexo se destaca pelo sino independente, construído em 1245. Um pouco mais à frente há a pequena cidade de Dilizhan, apelidada pelos nativos de “Little Switzerland” (ou “pequena Suíça”) devido à grande quantidade de carvalhos. A Armênia possui uma grande de quantidade de igrejas espalhadas por todo seu território, que se destacam pelas esculturas detalhadíssimas. A aldeia de Gosh possui um dos centros culturais mais importantes do país, que pode ser acessado de carro ou a pé. O mosteiro ao final da aldeia levou cerca de 300 anos para ser concluído. Durante a viagem até a capital, é possível ver o monte Ararate, local onde, segundo a tradição, o personagem bíblico Noé descansou. Na capital do país, Yerevan, fica a catedral de Zvartnots, erguida no século VII e que foi quase toda destruída num grande terremoto que atingiu o país no século IX. Ela nunca foi restaurada, e apesar disso a acústica nas ruínas ainda é tão boa que concertos ainda são realizados lá regularmente. Mas a capital oferece muitos outros pontos turísticos além das igrejas antigas. Na rua Abovyan, por exemplo, há diversos cafés e parques, e o Monumento ao Genocídio, em homenagem às vidas tiradas pelo governo Otomano de 1915 a 1923. A Jacaré Travel, empresa de viagens exóticas, comenta um pouco sobre esses dois países: “Escolher a Geórgia e Armênia como destino de viagem trará experiências inovadoras e permitirá conhecer mais sobre a história do leste europeu”.