TELEVISÃO

Frenesi de 'Mad Max - Estrada da Fúria' se justifica

O diretor George Miller revisita o mundo apocalíptico provido de elementos de violência e pancadaria, mas usa-os ao seu favor: no canal HBO, nesta quarta (6)

João Nunes/Especial para o Correio Popular
05/07/2016 às 21:17.
Atualizado em 22/04/2022 às 23:37
Cena do filme 'Mad Max - Estrada da Fúria', de George Miller (Divulgação)

Cena do filme 'Mad Max - Estrada da Fúria', de George Miller (Divulgação)

Não gosto de filmes de ação, mas sei que a qualidade não está no gênero. E 'Mad Max – Estrada da Fúria', de George Miller, que o HBO exibe nesta quarta-feira (6), às 23h45, comprova. Gosto muito, apesar da gramática própria do gênero: violência, perseguições, lutas, socos, tiros e a capacidade dos protagonistas de levarem intermináveis porradas e se manterem intactos para novos embates — que, parece, nunca terminam. O diretor revisita o mundo apocalíptico provido dos elementos do gênero, mas usa-os ao seu favor. As extenuantes batalhas não soam reiterativas, como em outros similares – desinteressantes, e mais preocupadas com efeitos especiais, de modo que a burocracia das cenas suplanta a emoção. Em 'Mad Max', ao contrário, as palavras sobrevivência e liberdade, que norteiam os protagonistas Max Rockatansky (Tom Hardy) e Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), ganham imenso peso. E não precisam de declarações pomposas para isto; bastam que as ações e as posturas deles. Max e Furiosa são críveis. E, mesmo duros e implacáveis, são seres humanos e, quando podem, manifestam sentimentos.

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