moda

Fim do plástico

Jaquetas feitas de folhas de abacaxi e couro curtido com extrato de azeitona são usados por jovens criadores de moda na ânsia de eliminar de vez o vinil

France Press
30/09/2018 às 15:57.
Atualizado em 22/04/2022 às 00:37
   (Patrick KOVARIK / AFP)

(Patrick KOVARIK / AFP)

Esse dia pode ter demorado para chegar, mas a moda ecológica não é mais um sonho hippie. Jaquetas de motociclista feitas de folhas de abacaxi e couro curtido com extrato de azeitona, em vez de com substâncias químicas altamente poluentes, estão agora ao alcance, dizem os especialistas. Todos, desde jovens designers de vanguarda até grandes marcas, estão correndo para entrar nessa onda, com tênis com solados feitos de garrafas plásticas recicladas que já estão vendendo milhões de unidades. Somente no ano passado, a Adidas vendeu um milhão de seus tênis Parley, feitos de restos de materiais encontrados no oceano, e a gigante esportiva alemã está aumentando a produção de uma variedade de produtos igualmente reciclados. Há alguns dias, Yolanda Zobel, a nova designer da marca futurista francesa Courreges, fez o impensável e declarou que estava eliminando o vinil, que tem sido o símbolo da empresa desde os anos 1960. Depois de uma coleção cápsula final chamada Fin de Plastique (O Fim do Plástico), que reduzirá seus estoques de vinil, a alemã tentará originar versões sustentáveis ??ou recicladas do material brilhante. “Um mundo melhor não virá se não tomarmos medidas hoje”, disse Zobel. As atitudes em relação à moda ecológica “mudaram totalmente nos últimos anos”, disse Marina Coutelan, que ajuda a administrar a Premiere Vision, uma feira semestral extremamente influente em Paris, onde as pessoas que agitam a indústria da moda se reúnem em busca de novos materiais e ideias. Com os millennials (aqueles nascidos entre 1980 e 2000) agora começando a ditar as regras na indústria da moda, “estamos vendo muitos produtos da moda de materiais sustentáveis, ??porque eles cresceram com a ideia de que precisamos ser ecorresponsáveis”, disse Coutelan. Um exemplo são as estrelas em ascensão Rushemy Botter e Lisi Herrebrugh, a dupla holandesa que acaba de ser contratada para assumir a maison Nina Ricci Paris. “Sempre se falou da moda sustentável", disse Herrebrugh, de 28 anos. "Agora é algo que podemos ver.” Sua própria marca Botter fabrica chapéus, cachecóis e jaquetas de sacolas plásticas recicladas e garrafas encontradas no mar. As cadeias de lojas podem ainda ser obcecadas com moda rápida e descartável, mas marcas de luxo estão liderando o caminho na tentativa de repensar o negócio, disse Coutelan. Ela aponta para a gigante francesa Kering, que é dona da Gucci, Saint Laurent, Balenciaga e Alexander McQueen, entre outras, como uma das pioneiras da sustentabili

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